1144x150 %284%29

EDUCAÇÃO

A transferência do CPAA para a Unioeste vai colaborar com o desenvolvimento regional, diz Diretor do campus

Na tarde de sexta-feira (03), o diretor Presidente do Instituto Ambiental do Paraná- IAP, José Volnei Bisognin, repassou em definitivo o Centro de Pesquisa em Aquicultura Ambiental (CPAA) para a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo. O centro era uma estrutura anexa do IAP e foi criado no período da construção da barragem hidrelétrica de Itaipu, com o objetivo de desenvolver a aquicultura das espécies nativas que sofreram o impacto da barragem.  A área de mais de 120 mil metros quadrados vai abrigar atividades de ensino e pesquisa dos cursos de graduação e mestrado em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, além das atividades de extensão, que visam o desenvolvimento da produção pesqueira regional.

04/12/2010 - 17:24


Bisognin conta que para efetivar a transferência foi um longo caminho que começou em 2008, quando o reitor solicitou ao governador que a área fosse destinada à Unioeste e que o processo foi bastante complicado, até que saiu o termo de transferência. “O termo dava a ascensão do imóvel, mas não direito à Universidade de construir. Com a nossa ida a Curitiba conseguimos viabilizar o local e conseguimos fazer com que o Conselho de Administração do IAP referendasse o documento. Em novembro a Unioeste obteve o pleno uso da área”.

O acordo prevê que a Unioeste mantenha e amplie os projetos e convênios assumidos pelo IAP. “São convênios inéditos, como o convênio com a associação de pescadores. Todas as larvas vinham do CPA e agora terão que vir da Unioeste. Queremos que saiam larvas para o repovoamento de vários rios da região, com uma qualidade, ainda melhor do que víamos fazendo”, explicou Bisognin.

O Diretor Geral da Unioeste, campus Toledo, José Dilson Silva de Oliveira disse que o ato de transferência do CPAA atende uma demanda do ensino, pesquisa e extensão da Universidade, e que as pessoas que estiveram envolvidas no processo de transferência foram sensíveis e compreenderam o objetivo da Unioeste.  “A transferência do CPAA para a Universidade vai colaborar com o desenvolvimento regional, voltado para os recursos pesqueiros, aquicultura e com a verticalização da Universidade e isso tudo trará benefícios para a sociedade como um todo”.

Com a agregação da área de 120.882m2 ao patrimônio da Universidade, juntamente com outros fatores, a Regulamentação de Diretrizes Orçamentária – RDO deverá ser alterada, com isso o campus Toledo deve receber um incremento no orçamento.

Oliveira destaca que alguns pesquisadores da Universidade já foram contemplados com o com recursos da FINEP, para projeto a ser desenvolvido no Centro. “Um grupo de pesquisadores conseguiu na FINEP a liberação de um recurso de R$ 700 mil para aplicação neste centro. Temos um projeto pronto de um prédio de laboratório para a construção de 1000 m² que deverá ser construído neste espaço também”, comentou o diretor.

O diretor do Centro de Engenharia e Ciências Exatas, Nyamien Sebastien avalia a conquista do Centro para a Universidade. “Um curso de Engenharia de Pesca sem o local para fazer as aulas práticas de piscicultura é complicado, como qualquer outro curso no Brasil, um Centro como este vem agregar às pesquisas, ao conhecimento dos alunos e na contribuição do curso para a região, pois poderemos auxiliar os produtores, nas áreas de reprodução, áreas de cultivo de alimento vivo entre outras. Aos poucos vamos transferir toda a Engenharia de Pesca para o CPAA, será nosso campus dois”, explicou Sebastien.

O Reitor da Unioeste, Alcibíades Luiz Orlando considera que o ato de transferência do Centro de Pesquisa em Aquicultura Ambiental para a Universidade representa a consolidação definitiva do curso de Engenharia de Pesca. “É um curso que tinha uma carência de infraestrutura, pois não tínhamos uma área específica para o pré cultivo do peixe, manuseio e disposição de matrizes, que se agrava com a instalação do curso de mestrado, por isso nossa saída era ampliar esta infraestrutura que é o que acontece hoje com a transferência do CPAA. A outra ponta é que agora temos uma área para investir. E já temos financiamento da FINEP para construção de laboratórios, recursos da ordem de R$ 700 mil”.

Na avaliação do Reitor a Unioeste é uma das universidades que em termos de verticalização mais cresceu no estado do Paraná. “Em 2004 a Unioeste tinha três cursos de mestrados, hoje temos 17 cursos instalados, prestes a passar para 19. Na época não tínhamos nenhum doutorado, hoje temos três e até metade do próximo ano devemos ter mais um doutorado. E isso se deve aos investimentos do governo do Estado, no sentido de reestruturar as Universidades em termos de espaço físico. Todos os campi da Unioeste estão dobrando de tamanho, sem exceção. Isso mostra que tivemos condições de construir salas de aulas, bibliotecas e laboratórios. Nos últimos 7 anos o governo do Estado investiu mais de R$80 milhões de reais na Universidade. Só em obras, no momento temos investido R$ 30 milhões nos campi e no Hospital Universitário. Nós mostramos que a partir do incentivo as universidades dão a resposta e este é o novo papel da Unioeste”.

Você acompanha as entrevistas completas em vídeo, clique aqui.

Sem nome %281144 x 250 px%29