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GERAL

Campanha vai distribuir 4,6 milhões de preservativos durante o Carnaval

A Secretaria de Estado da Saúde começou nesta sexta-feira (17) a campanha “Carnaval e folia com prevenção é só alegria”, que reúne uma série de ações para o período de Carnaval visando orientar a população sobre a prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis. As equipes de saúde vão distribuir 4,6 milhões de camisinhas no Estado. O trabalho é feito em conjunto com as secretarias municipais da Saúde.

17/02/2012 - 16:53


A campanha deste ano é direcionada a jovens de 15 a 24 anos, faixa etária que registrou alto índice de novos casos de aids nos últimos anos. O Carnaval é considerado um período de risco para a infecção por doenças sexualmente transmissíveis. “A aglomeração de pessoas, a ingestão de bebidas alcoólicas e o apelo sexual típico da festa deixam os foliões mais expostos ao risco de infecção”, explicou a coordenadora do Programa Estadual de Controle de DST/aids, Elisete Ribeiro.
O Paraná ocupa o 8.º lugar em número absoluto de casos de aids no Brasil. Atualmente são registrados 1,3 mil casos novos por ano. No Estado, de 1984 até o ano passado (dados acumulados) foram notificados 26.350 casos de aids. Do total, 25.437 (96,5%) foram diagnosticados em adultos e 913 (3,5%) em menores de 13 anos.

ALVOS
De acordo com Elisete, a campanha pretende atingir principalmente as meninas adolescentes, pois, na faixa etária de 15 a 19 anos, foram notificados, desde o surgimento da doença, 291 casos de aids em mulheres (57,18%) e 218 em homens (42,82%). Os dados mostram que desde o ano 2000 vem ocorrendo a feminização da aids. Nesta faixa etária existe 1,3 casos notificado em mulheres para cada caso em homem.
Os casos de aids ainda predominam em homens (64,99%) quando se trata dos números totais, abrangendo todas as faixas etárias. No entanto, nota-se que em 2011 a razão caiu para 1,8 casos em homem para cada caso de mulher com aids. No início da epidemia, eram 7,6 casos em homens para cada caso em mulher no Paraná.

NÚMEROS
A 1ª Regional de Saúde (Paranaguá) apresenta a maior taxa de incidência (33,99 por 100 mil habitantes), seguida pela 9.ª Regional de Saúde (Foz do Iguaçu) com 19,29, e a 2.ª Regional de Saúde (Metropolitana de Curitiba) com 16,31. “Vamos intensificar a campanha nestas regiões para conscientizar a população da importância do sexo seguro”, enfatizou a coordenadora.
A 2.ª Regional de Saúde registra maior número absoluto de casos de aids acumulados (12.400), o que corresponde a 47% dos casos notificados no Estado. Na sequência, a Regional de Saúde de Londrina, com 2.487 casos (9,4%), e a Regional de Saúde de Maringá, com 1.756 casos, que representam 6,7 % dos casos. As três regionais de saúde somam 63,1% dos casos no Estado.

TRATAMENTO
A aids não tem cura. O tratamento, que pode garantir a sobrevida do paciente, é feito com medicamentos antirretrovirais, distribuídos pelo Sistema Único de Saúde. No ano passado, 1.819 pacientes novos de HIV/aids iniciaram tratamento com antirretrovirais no Paraná. Aproximadamente 11 mil pacientes recebem esses medicamentos nos serviços de saúde do Estado.

Da AE Notícias

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