Governo fará estudo sobre obesidade entre alunos de escolas públicas

O projeto faz parte do Programa Paraná Saudável, que reúne um conjunto de ações destinadas a melhorar a qualidade de vida do cidadão paranaense. A primeira fase do projeto será focada em três pontos principais: o treinamento dos avaliadores, a coleta de informações por meio da aplicação de um questionário aos alunos e seus familiares e a confecção de uma cartilha pedagógica.
A segunda fase, mais extensa e que vai apresentar resultados práticos, atingirá praticamente toda a população escolar do Estado, estimada em 2,1 milhões de alunos, e está programada para começar em 2014.
“Temos um indicativo de pesquisas feitas neste mesmo grupo populacional que apontam uma tendência ao sobrepeso e obesidade da população escolar. A intenção é minimizar o impacto dos fatores associados a esses problemas”, explica Dilson Martins, gerente do Programa Paraná Saudável.
“Após a conclusão do estudo teremos subsídios para atuar junto às famílias e nas escolas. Esta é a função principal do programa”, avalia Martins. Além da Secretaria do Esporte, a prevenção da obesidade também envolve as secretarias da Educação, Ciência e Tecnologia e Saúde.

COMO SERÁ
Na primeira fase do projeto serão contratados 16 avaliadores, divididos em quatro equipes, que vão percorrer todas as regiões do Estado. Serão 60 dias de trabalho, visitando os alunos nas escolas, conversando com professores e familiares.
“Até julho teremos o relatório completo da amostragem inicial dos 14 mil alunos. Hoje existe um levantamento preliminar que aponta que um terço desta população já apresenta sobrepeso, que é o primeiro indicativo da obesidade entre crianças com 6 e 18 anos. São prevalências idênticas às de países desenvolvidos”, compara Dartagnan Pinto Guedes, professor da Unopar e coordenador do projeto de Prevenção e Combate à Obesidade Infanto-Juvenil da Secretaria do Esporte do Paraná.
Ainda segundo o professor, o Paraná é o terceiro estado com maior número de alunos com sobrepeso do País. “Só perdemos para o Rio Grande do Sul e São Paulo. Mas existem particularidades inerentes a cada região do Brasil. O que queremos com este estudo é identificar os fatores regionais que têm impacto na obesidade”, explica o professor.

Da AE Notícias