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GERAL

Produtor investe em alternativas e capricha no visual para atrair clientes

Adivo Kreibich, residente em Dez de Maio, distrito de Toledo, comprovou na prática o que diziam os mais antigos. Uma taça de um bom vinho por dia é sinônimo de saúde. Para ele também de prosperidade. O que hoje para ele é um negócio e garante rendimentos para auxiliar nas despesas da casa começou por recomendação médica. Em 1972, com problemas de pressão baixa, foi orientado por seu médico a ingerir um copo de vinho por dia. Insatisfeito com o paladar dos vinhos produzidos na região ele decidiu produzir a sua própria bebida e em 1975 processou a sua primeira produção no que deu origem a Casa de Vinhos, ou Hein Hauss, em alemão, considerando as suas origens germânicas.

27/02/2012 - 12:36


A produção atual chega a dois mil litros de vinho por ano, além de sucos e geleias, que são comercializados no local e também atendem a necessidade da família. “Não dá muito lucro, mas é divertido”, diz ele, que administra a propriedade ao lado da esposa, Norma, e do filho mais novo, Júnior, recém casado. Juntos eles comercializam a produção que resistem de colocar em supermercados ou outros pontos de venda. “Se a gente tira daqui estraga o comércio”, justifica ele, esclarecendo que o vinho precisa de cuidados no transporte e armazenamento para garantir a qualidade.
Como a Casa é o principal ponto de venda ele mantém-se atento a todos os cuidados. Oferece o vinho, sucos e geleias para degustação, organiza cafés coloniais com agendamento prévio e cuida no ajardinamento, que serve de referência para outras residências e empresas e chama a atenção na comunidade. “Quem passa aqui sempre da uma paradinha para olhar”, diz ele, que não mede gastos com a compra de plantas e outros enfeites decorativos. Parte deles ele recolhe no antigo sítio. Entre eles estava um arado, que ele preparava com cuidado para colocar em frente à casa. “Quero reproduzir ainda um poço, que vou colocar bem aqui”, disse ele, indicando uma área em frente a sua residência. O poço será iluminado e decorado, completando as estruturas hoje existentes, com canteiros de flores cuidadosamente cercados com pedras, barris de madeira, uma carroça com dois barris de madeira, entre outros adereços que enfeitam o quintal da casa.
Gaúcho de nascimento e descendente de alemães, Adivo afirma que tem cerca de um milhão de reais investidos em equipamentos e estrutura da Casa de Vinhos. No barracão estão desde modernos barris de inox à primeira moega utilizada para o esmagamento das uvas. Construída em madeira, na década de 80, ela continua sendo usada até hoje. Inspirada em um modelo visto em uma grande feira em Curitiba, ele, juntamente com um marceneiro da comunidade, construiu e mantém ativa até hoje. “Não vi outra com um rendimento melhor. Esta eu não me desfaço”, disse ele, descartando a possibilidade, pelo menos por enquanto, de que o equipamento se junte aos demais que hoje enfeitam o quintal da sua casa.
Aos 65 anos, apesar de gostar do negócio, Adivo não faz da Casa de Vinhos o seu único rendimento. No sítio, que ainda mantém em Linha 14 de Dezembro, ele produz a maior parte da uva que processa e está investindo agora, junto com o filho, na produção de eucalipto para geração de energia, além de arrendar parte de suas terras com lavouras de milho e soja. A primeira fornada virou cinza, mas ele continua investindo e aposta maiores rendimentos nesta nova alternativa de renda.
Enquanto isso, não descuida com o local onde mora e ponto de comercialização dos seus produtos, conhecidos na região e em outros estados, pela qualidade dos vinhos coloniais e também pela beleza do ponto onde são produzidos e comercializados.

Da Assessoria - Toledo

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