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GERAL

Abatedouro de Vila Nova inicia abate com inspeção municipal

O Abatedouro Municipal de Vila Nova, construído pelo município e cedido para a Cooperativa de Ovinos e Caprinos do Paraná (Coovicapar), iniciou nesta quinta-feira (1º), o abate de animais com inspeção municipal. Foram abatidos 19 caprinos, entregues por dois cooperados, e espera-se para os próximos dias a instalação de novos equipamentos e vistorias pelos técnicos para a liberação do Sistema de Inspeção Federal (SIF). Com isso, a carne abatida em Toledo poderá ser comercializada para todos os estados brasileiros e também para o exterior.

01/03/2012 - 14:04


O prefeito de Toledo, José Carlos Schiavinato, e o vice-prefeito, Lúcio de Marchi, estiveram no local acompanhando o início efetivo das atividades no frigorífico.
“A implantação de um frigorífico na iniciativa privada é completamente diferente do que pelo poder público. Todas as compras e contratações tiveram que ser feitas através de processo licitatório, o que representou um atraso de cerca de dois anos no processo. O importante é que agora os produtores têm a possibilidade de expandir a produção e ter mais uma alternativa de renda no campo”, destacou o prefeito de Toledo. A produção de ovinos e caprinos é uma nova opção para o pequeno produtor, destacou ele, ressaltando a qualidade do produto que poderá ser colocado no mercado, tanto local, como nacional e até internacional.
Segundo o prefeito, o objetivo no novo frigorífico não é competir com os já instalados em Toledo, mas oferecer um produto de qualidade, com valor agregado, que permita ao pequeno produtor mais uma opção de renda através da ovinocultura e da caprinocultura. Para os moradores de Vila Nova também vai representar mais uma opção de trabalho. Hoje são cinco funcionários atuando, mas a meta é ampliar o quadro gradativamente. O frigorífico pode abater até 100 animais por dia, com a atual estrutura, entre ovinos e caprinos, suínos e bovinos, intercaladamente. A estrutura será utilizada para o abate de animais de cooperados, de produtores que comercializam para o programa Compra Direta (que atende restaurantes populares e escolas) e também para a realização das festas gastronômicas do interior.
“O início do abate é o pontapé inicial de um projeto     que vem sendo trabalhado há uns cinco ou seis anos. Ele vai alavancar o setor de ovinocultura e caprinocultura em Toledo, tirar da informalidade e abrir novos mercados”, destacou o presidente da Cooviopar, Telvir Kaefer. Segundo ele, a produção local estava retraída, mas deverá ser ampliada agora com a perspectiva de abertura de novos mercados, através do abate com inspeção municipal e em seguida federal. “Os produtores não aumentavam o número de matrizes com medo de não conseguir vender a produção. Agora, com a perspectiva de novos mercados, os produtores também devem ampliar os seus rebanhos”, acredita ele.
Para o presidente da cooperativa, a ovinocaprinocultura é uma excelente alternativa de renda, além de permitir o aproveitamento de eventuais estruturas ociosas nas propriedades, com a desativação de outras linhas de produção (bovinocultura, avicultura e suinocultura). Os ovinos estão sendo comercializados a R$ 4,5 ou R$ 5,00 o quilo vivo, enquanto o custo gira em torno de R$ 2,00 a R$ 2,5 o quilo vivo. Hoje a cooperativa conta com 46 associados, mas a meta é chegar próximo a mil com o início do funcionamento do abatedouro.
O médico veterinário Gelson Hein, responsável técnico pelos animais, destacou a qualidade destes e a preocupação dos produtores com a produção. Os animais serão comercializados inicialmente inteiros, mas a meta é gradativamente fazer cortes especiais, o que aumenta o valor agregado do produto. Segundo ele, a estrutura é excelente e poderá ser ampliada de acordo com a demanda. Além disso, ele ressaltou a importância dos investimentos, já em andamento, para a liberação do SIF, o que permitirá abrir importantes mercados. Atualmente, a carne ovina e caprina consumida em São Paulo e outros estados veem do Uruguai e do Rio Grande do Sul. A produção de Toledo poderá ser colocada nestes mercados com valores mais competitivos, acredita ele. Técnicos da Vigilância em Saúde também acompanharam o primeiro abate no frigorífico. O abatedouro foi construído pelo município com recursos municipais e federais, obtidos através do deputado federal Dilceu Sperafico. A Cooviopar obteve, através de licitação, a concessão de uso do frigorífico por tempo indeterminado.

Da Assessoria - Toledo

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