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GERAL

O mundo ideal teria diferença de talentos e não de gênero, defende consultora

O Dia Internacional da Mulher (08 de março) é um momento para lembrar as conquistas e refletir o presente e o futuro. A consultora de Recursos Humanos, Leda Machado, acredita que no Brasil as diferenças de gênero estão focadas em alguns setores e estão relacionadas a etnia e classe. Para ela, o ideal seria não haver diferença de gênero, mas sim, de talento. Hoje, a consultora conversou com as profissionais da Prati Donaduzzi sobre a Mulher e Liderança no Século XXI. A palestra faz parte de um circuito de atividades sobre saúde e bem estar da mulher promovida pela empresa farmacêutica. A programação em homenagem as mulheres segue nesta sexta-feira (09).

08/03/2012 - 19:20


Para consultora de Recursos Humanos, Leda Machado, toda mulher é líder de sua vida. Ela lembrou que muitas mulheres pensam que a liderança somente é possível se for presidente de um País ou diretora de uma empresa. “Esta é uma ideia equivocada. Nós somos líderes de nossas vidas. Qualquer pessoa pode ser líder desde que assuma a sua decisão, não se faça de vítima e faça as suas escolhas”.

Leda acredita que a mulher do século XXI é consequência do que as mulheres foram nos séculos anteriores. “No século XX surgiu vários movimentos feministas, como na década de 60 o movimento hippie que falou da liberdade sexual. Hoje acontece uma revolução histórica. As mulheres sempre participaram de movimentos em busca de melhor condição de vida e de trabalho”.

Ela exemplificou que num determinado momento da história as mulheres não podiam fazer faculdade de medicina ou se tornarem policiais. “Hoje mudou este cenário. O passar do tempo fez com que houvesse um entendimento diferente”.

Desvatagens

Para a consultora, a discriminação salarial por conta do gênero é uma realidade muito focada. “Acredito que esta discriminação exista em alguns setores, mas nas empresas as líderes não são discriminadas salarialmente. Uma diretora não ganha menos que um diretor. Se existe uma discriminação de salário pode ser no piso de fábrica e acho difícil, devido a legislação e a isonomia salarial”.

Leda explicou que a diferença de gênero está mais presente na vida privada, onde as mudanças – para ela – são mais difíceis. “Por exemplo: Os homens da nova geração – entre 20 ou 25 anos - querem um casamento e cuidar dos filhos e as mulheres? Se o marido vai para a cozinha e não cozinha como ela é motivo de constrangimento. Ela não quer alguém para cozinhar, mas que cozinhe como ela. Isso é convivência? A grande questão esta na vida pessoal”.

A consultora aponta que o desafio das mulheres é refletir sobre o papel histórico de cada um dos gêneros e os valores cristalizados no inconsciente da sociedade. “As mulheres ainda têm a fantasia de que o companheiro deve ser o provedor e isso é da pré-história, na qual o homem saía para caçar para alimentar a família e a mulher ficava em casa para cuidar dos filhos. As mulheres devem trabalhar estas questões. Acho que a mulher que tem filho tem um papel fundamental. Que exemplo de mulher ela dá? A educação do filho deve ser o resultado de um trabalho em conjunto entre a mãe e o pai e envolva o filho em pequenas responsabilidades”.

Leda acrescenta que as mulheres negras e de baixa renda sofrem mais com as diferenças de gênero e precisam de políticas públicas para ajudá-las a sair desta linha de pobreza. “O marido abandona ela e os filhos. A mulher fica com todos em casa e precisa de ajuda. Quando falamos sobre diferença de gênero temos que saber de que mulher estamos falando: mulher de classe alta ou baixa, que tipo de etnia”.

Para a consultora, no mundo ideal não haveria diferença de gênero, e sim, diferença de talento. “Eu faço isso porque gosto e não porque sou mulher ou homem. No entanto, este quadro está mudando, mas no Brasil há uma diferença de gênero conforme a etnia e a classe. Há grandes mulheres privilegiadas, mas há as de baixa renda e de etnia africana são mais desprivilegiadas e precisam de políticas para ajudá-las a vencer esta diferença”.

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