Lembro-me muito bem de um seminário realizado no Auditório da Unipar no início de fevereiro de 2005, primeiro ano de mandato do prefeito Schiavinato, e que teve a presença de prefeitos, deputados, vereadores, professores, empresários e do presidente da FACIAP Jefferson Nogarolli que veio expor a comunidade regional experiência de Maringá, e os avanços extraordinários em todas as áreas que o conselho de lá proporcionou a cidade, que segundo ele, estava estagnada, já alguns anos.
Já se passaram quase 8 anos. Infelizmente a experiência positiva de Maringá, não sensibilizou nenhum prefeito da região. Os municípios menores até é compreensível, mas os grandes como Toledo jamais! Pois são eles, que têm o papel de ser o condutor das grandes ações que vão gerar desenvolvimento regionalizado e sustentado, tendo as nossas Universidades como grandes parceiras na construção de projetos nas diversas áreas, principalmente na pesquisa, introdução de novas tecnologias e na transformação dos nossos produtos, agregando valor. Chega de exportar grãos, que gera pobreza, aqui e riqueza lá fora.
A inexistência de um conselho democrático, que discutisse tecnicamente toda essa problemática nos últimos 8 anos, já trouxe reflexos negativos para a nossa economia, principalmente em relação ao índice de retorno ICMS, que em Toledo cresceu em 2011 apenas 2%, enquanto que Paraná teve crescimento de 15%. Isso é inadmissível economicamente falando, pois as nossas potencialidades são superiores ao Estado do Paraná. Alguma coisa errada dever estar acontecendo para um fenômeno desse tipo acontecer. Cabe a nós descobrir.
Penso que os governantes precisam abandonar o aconchego dos seus gabinetes, e o sentimento íntimo de achar que conhece e sabe tudo, e ouvir, e discutir mais com a sociedade os diversos temas, sob pena de continuarem investindo mal os recursos públicos e comprometendo o futuro. A construção pela construção como vem acontecendo em Toledo, de monumentos, estátuas e obras que aparecem, pode até ser importantes, mas jamais a prioridade, pois elas aumentam as despesas e compromete o investimento em setores estratégicos e também sociais, como saúde, educação, segurança e lazer, onde atinge diretamente os mais necessitados.
Não tenho dúvida que estamos correndo atrás do tempo perdido. Por isso, nos resta apostar que os conselheiros com muita dedicação e competência construam uma grande proposta de desenvolvimento estratégico de Toledo para os próximos 30 anos pelo menos, sob pena de serem apenas usados eleitoralmente, já que terão de fazer em 7 meses o que o prefeito Schiavinato não fez, não provocou, muito menos incentivou nos 7 anos de sua administração.
Valtair Caetano Apolinário - apolinario13@hotmail.com
Presidente do PT de Toledo-PR