Durante os anos em que esteve a frente do IDR, Mário Lopes Neto, juntamente a diretoria buscou desenvolver diversos projetos que garantisse o desenvolvimento de Toledo e região, porém alguns desafios surgiram no caminho, como a sustentabilidade financeira. Neto relatou que sempre dependeu muito de voluntariado e a disponibilidade das pessoas para trabalharem com a equipe. “O IDR sendo um Instituto de Desenvolvimento tem seus resultados em longo prazo, porque hoje você inicia um projeto, mas demora certo tempo para ter algum tipo de retorno ou resultado”.
Ao ser questionado sobre o diagnóstico do projeto Toledo 2030, Neto relatou que os resultados serão apresentados até o encerramento deste semestre em uma audiência pública para a população e em uma reunião para os candidatos a prefeitos. “A população vai avaliar as demandas e informar se está de acordo. Aos candidatos a prefeito, se algum deles tiver o interesse de desenvolver ações diante do relatório do projeto e colocá-las no Plano de Governo independente de ideologia política ou partidária”.
Ele acrescentou que no ano passado, a equipe entrevistou 490 cidadãos para diagnosticar qual é a demanda e a percepção de Toledo e 19 lideranças para identificar as potencialidades do Município. “Especialistas estão analisando os resultados, mas os principais pontos a serem melhorados ainda são educação e saúde”.
Neto disse que a diretoria que assumiu as atividades hoje deve dar continuidade aos projetos do Instituto e aproximar-se das entidades, como a Acit. O presidente do IDR, Hermes João Inácio, acrescentou que é primordial para a nova diretoria desenvolver um trabalho que leve mais informação a população. “O IDR é uma entidade que congrega diversas entidades, as quais deverão ser convidadas a participar do Instituto e, principalmente gerar informação para o desenvolvimento de Toledo e região. Um projeto que irei desenvolver é a criação de um banco de dados das pesquisas desenvolvidas pelos alunos das universidades de Toledo. Os resultados devem ser levados ao conhecimento da sociedade”.
Inácio enfatizou que outra meta de sua gestão será a formação direta, como a geração de empregos. “Nós devemos ter um número da região Oeste do Paraná para que sirva de parâmetro para a tomada de decisão dos entes públicos e da iniciativa privada, em termos de investimento”.
Neste momento, para o presidente do IDR é necessário nortear o desenvolvimento de Toledo e região. Segundo ele, é preciso ter informação para entender como está o movimento na região. “Hoje não temos um norte. Então como vou dizer onde deve ser feito o trabalho, para que direção seguir. Neste momento, observo como grande função do IDR é a coleta de informações para que haja um entendimento geral de como está o Município e a região para que a partir deste panorama se possa buscar ações e iniciativas visando ir a favor do vento para obter os resultados”.
Inácio afirmou que o Município de Toledo é uma área com potencial agrícola elevado e, por isso, o IDR precisa estar atento também a estas questões. “As questões ambientais interferem diretamente na tomada de decisões dos investimentos dos empresários. Nós precisamos ter este conhecimento do potencial econômico e nesta afinidade do Município, mas não apenas ficar preso a isso. Nós devemos criar novos focos de desenvolvimento, mas claro pensando primeiramente e dando importância a força que existe implantada na região”.
Ao ser questionado sobre o que é possível o IDR mudar a realidade no índice apontado pelo IBGE no Censo 2010 que 44% dos domicílios em Toledo tem renda per capita de até um salário mínimo, o presidente do IDR, explicou que o Município é uma cidade que possui um grande número de universidades, consequentemente, faz com que Toledo seja uma cidade com um grau de instrução maior ou que está possibilitando a melhoria da questão educacional no Município. No entanto, para ele, não é somente isso que gera melhoria no salário. “Acho que devem ser idealizadas algumas ações com as empresas do Município, porque ter pessoas capacitadas é uma situação e ter emprego é outra. Tem pessoas com grau de instrução de certa forma elevada e trabalham com funções que não condizem com a realidade. Como somos uma cidade com potencial pensante devemos trabalhar com a geração de empregos e buscar o desenvolvimento de atividades para este público para que saia da indústria de base e tentar trabalhar o emprego com valor agregado maior”.
Por Graciela Souza
