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GERAL

Professor retrata o cenário da piscicultura nos EUA

Buscando trazer novas informações sobre o desenvolvimento na aquicultura no Mundo, nesta quarta-feira (04), o professor Dr. John Jensen - da Universidade de Auburn, do Alabama, nos Estados Unidos (EUA) – conversou com os acadêmicos do curso de Engenharia de Pesca, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, docentes, produtores e demais interessados pelo assunto. Jensen apresentou as novas tecnologias e técnicas voltadas para a piscicultura e comentou sobre o mercado produtivo daquele País. A Universidade de Auburn – responsável pelo maior Programa de Piscicultura do Mundo - desenvolve pesquisas básicas e aplicadas científicas voltadas nos setores agrícola, biológica, ambiental e ciências humanas. De acordo com Jensen, os resultados são apresentados para as indústrias ou as empresas visando melhorar a qualidade de vida dos alabamians.

04/04/2012 - 17:55


O professor Dr. John Jensen relatou que nos EUA sobressai-se a piscicultura com a criação principalmente do bagre africano. No entanto, conforme Jensen, a produção da espécie está diminuindo em escala acelerada desde o ano de 2006. “Antigamente, vendíamos 325 mil toneladas anualmente. Agora é metade”. O professor salientou que os produtores argumentam que está diminuição está atrelada a concorrência com as indústrias ou as empresas do Vietña e China, as quais produzem e exportam a espécie para os EUA.
Enquanto no Brasil, a tilápia é a espécie mais cultivada pelos produtores, nos EUA, de acordo com Jensen, este crescimento da produção do peixe ainda não é percebido pelo mercado americano. “Eles nunca falam sobre como está a concorrência da tilápia. Diante disso, a Universidade está tentando criar uma consciência de mudanças, desde a importância da existência de uma concorrência até a forma mais adequada para armazenar o peixe. Assim, bucando diminuir o custo do produto e melhorando a sua qualidade. Não é algo fácil, mas também não é impossível”.
Jensen comentou que a Universidade está desenvolvendo diversas pesquisas para melhorar a qualidade e a eficiência do sistema. Ele lembrou que em anos atrás, os peixes eram criados em tanques com aproximadamente oito hectares. Neste momento, a Universidade está desenvolvendo um sistema de confinamento para atender o consumidor melhor. “Nós conhecemos a demanda do nosso consumidor, mas não produzíamos para ele”.
O professor Dr. Jensen comentou que uma equipe fará a apresentação de novos equipamentos, principalmente, os aeradores (equipamento motorizado utilizado para oxigenar a água). “É importante a troca de informações, pois os produtos manufaturados nem sempre serão os produtos necessários no Brasil. O grupo vai investigar se pode produzir o equipamento no tipo que o Brasil necessita”.
Para o coordenador do curso de engenharia de pesca, Éder Gubiani, o intercâmbio com outras universidades é fundamental, pois traz novas informações de técnicas da piscicultura aos estudantes. “O curso possui alunos de graduação e mestrado, sendo que para os mestrandos este tipo de intercâmbio é fundamental para que possar conhecer novas técnicas e aplicá-las”.

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