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Fiscalização cassada

Não é nenhuma novidade que pedidos de informação sobre os atos do executivo, das empresas públicas, secretários e tal, raramente são aprovados. Quando passam foi um descuido ou um desafeto na base, um deslize e acaba passando, mas...

10/04/2012 - 19:39


O cumulo da cassação

O vereador Paulo dos Santos queixou-se na tribuna que protocolou na Prefeitura os seus pedidos de informações, reprovados pela base governista na Câmara e obteve a resposta assinada, segundo ele, por todos os advogados do departamento jurídico da prefeitura dizendo que ele como vereador não poderia pedir informação direta à prefeitura, mas deveria fazê-los na Câmara, submeter à apreciação dos colegas. É o tipo de escolha política do grupo que está a frente da prefeitura que não dá para entender, afinal se nada tem de errado por que não responder? Isso é transparência? Se tudo está certo as informações  só desconstruiriam o discurso do vereador, mas quando negam a informação resta à sociedade perguntar: por que???

Cassação em coro

Na última sessão foram reprovados dois pedidos de informações. Um sobre demissões dos trabalhadores da Emdur. E o outro era sobre o valor da conta do telefone oficial do prefeito, paga pelos cofres municipais. Ambos foram reprovados com os votos dos vereadores: Rogério Massing (PSDB); Eudes Dallagnol (PP), Luiz Fritzen (PP), Renato Reimann (PP), João Martins (PDT) e Expedito Ferreira – o gasolina (PSDB).

Deslize ou desafeto

Um terceiro pedido, por deslize ou desafeto, foi aprovado. A informação solicitada é um relatório com os gastos com telefone celular dos secretários municipais e ouvidor, pagos com dinheiro público, no período de 2009 até a data do pedido. Desta vez foi o voto minerva, do presidente da Câmara que garantiu a aprovação. Votaram contra o pedido de informação Rogério Massing (PSDB); Eudes Dallagnol (PP), Luiz Fritzen (PP), Renato Reimann (PP), João Martins (PDT). O deslize ou desafeto foi do vereador Expedito Ferreira – o gasolina (PSDB), que votou pela aprovação do pedido. Votação 5 X 5 no placar, jogo definido por Adelar Holsbach – o Pelanca e pedido é aprovado. Agora é aguardar o que o Paço tem a informar.

Pedaço deste quinhão

Aproveitando o vácuo da situação que ainda não apresentou um nome para representar o grupo que está na prefeitura para concorrer às eleições, o aliado do PSDB, Rogério Massing continua mostrando a plumagem tucana tentando garantir uma fatia deste quinhão. Ele disse na tribuna que no último final de semana os tucanos estiveram reunidos e reafirmaram que o PSDB terá candidato a prefeito ou a vice.

Pedaço deste quinhão II

Claro que Massing tenta projetar o seu partido, já que nos últimos 8 anos ficaram a sobra do PP, uma vez que deram sustentação a chapa puro sangue do Partido Progressista.

Afinando discurso e voto

Apontando o caminho do discurso do PP para o próximo pleito, Luiz Fritzen, em doses homeopáticas, tem defendido os 16 anos de governo do grupo. A tarefa de enaltecer a administração tem ficado com ele e Massing (PSDB), já que os demais raramente ocupam a tribuna, em especial se o tema for polêmico. Ou seja, os demais ocupam o papel de coadjuvante, de olho quando o líder coloca as mãos sobre a mesa e empurra a cadeira para trás e... é hora de votar.

Hospital do Idoso

A indicação do vereador Ademar Dorfschmidt para a construção de um Hospital para idosos, especializado em gerontologia e geriatria; apesar de ser aprovado por unanimidade gerou polêmica. Para Ademar a indicação é o início de uma discussão que pode ser atrelada a outras soluções, como uma ala especial no próprio Hospital Regional, ou alguns leitos. Leoclides Bisognin destacou a necessidade de ter uma política diferenciada para dar atendimento prioritário aos idosos, a exemplo do convênio da APA. Paulo dos Santos lembrou que na década de 1990, o idoso participava de uma reunião onde uma médica fazia o atendimento e o idoso saía da reunião já com o agendamento das suas demandas feito, já hoje, segundo Paulo, o idoso é diluído no agendamento geral.

A polêmica

A polêmica começou na afirmação do Paulo dos Santos que os idosos não são prioridade no município e disse que o Estatuto do Idoso é letra morta em Toledo. “basta olhar para a realidade que bate a porta dos nossos gabinetes todos os dias”. A afirmação irritou o líder do governo, Luiz Fritzen que listou as inúmeras estruturas no município destinadas aos idosos. Paulo retrucou: “Estrutura física é o que não falta, o que falta é política pública para de fato dar aos idosos a importância que eles merecem”.

O pai da criança

A discussão só começou e o fricote de quem é o pai da criança já começou. Massing tentou passar o atestado do DNA da criança dizendo que aos poucos “o jeito de governar do PSDB começa ser copiado”, fazendo referência a uma recente inauguração de um Hospital do Idoso, em Curitiba. A paternidade foi contestada por Paulo dos Santos que afirmou que a necessidade de construir um Hospital para os idosos é feita desde 2001, quando ele era conselheiro da saúde.

Aeroporto

O vereador Leoclides Bisognin retomou a discussão sobre a necessidade de ampliar o aeroporto de Toledo e garantir voos. Ele disse que foi abordado por algumas pessoas da comunidade que até questionaram o investimento no arrancadão, perguntando se não era hora de concentrar esforços e recursos no aeroporto, uma vez que, o aeroporto regional apesar de todos concordarem na importância está difícil de acreditar que virá tão cedo. Bisognin lamentou que o tema, discutido há pouco numa audiência pública, convocada pelos vereadores, tenha tido pouca adesão. Ele reclamou a limitação da Câmara na possibilidade de investir em divulgação das suas ações. Lamento compartilhado por Massing.

 

 

Por Selma Becker

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