O elevado custo de produção e a alta carga tributária brasileira deixaram de ser as únicas preocupações do setor industrial. Com o dólar em baixa e o aumento das importações, o Brasil tem criado muitos postos de trabalho principalmente nos países asiáticos, como a China, provocando um processo de desindustrialização nacional.
Para Sperotto, o contexto de dificuldades é amplo. A elevada carga tributária, custos da mão de obra, financeiros e de energia elétrica, guerra fiscal dos portos brasileiros, entre outros fatores, tiram as condições de competitividade da indústria nacional, elenca o empresário.
Ele argumenta que existem incentivos como linhas de crédito pra modernização do parque industrial, apesar dos juros ainda serem altos. “Porém, os empresários ficam temerosos perante a concorrência mundial, com custos tão mais baixos”, comenta.
Segundo ele, as medidas adotadas pelo governo brasileiro, como a desoneração da folha de pagamento e outras ligadas aos exportadores, ajudam a amenizar a situação. Contudo, é preciso medidas muito corajosas, que surtam efeito efetivo na redução da matriz de custos. Caso contrário, em breve estaremos vivendo uma morte silenciosa pela falta de competitividade dos nossos produtos”, lamenta.
Desafios
De acordo com o presidente da Acit, Edésio Reichert, uma grande preocupação é que não venha a ocorrer no Brasil o mesmo efeito que as importações provocaram em países da Europa e Estados Unidos, Alguns setores produtivos não fabricam mais nada e o índice de desemprego é crescente.
Ele acredita que um conjunto de medidas são necessárias para corrigir este processo de sucateamento que ameaça as indústrias. “Graves problemas têm ocorrido e infelizmente não será apenas uma ação que irá corrigir este processo e tornar nossos produtos mais competitivos. Temos distorções na aplicação dos recursos públicos, custos logísticos excessivos, dificuldades com a qualificação da mão de obras. Acredito que os caminhos passam pela discussão de um novo pacto federativo, a redistribuição dos impostos, redução da carga tributária, enfrentar o problema do déficit orçamentário do governo, entre outras políticas”, frisa.
Conforme Reichert, o desafio é grande. “O desafio é gigante, mas não temos escolha. Ou rumamos firme e corajosamente para criar condições de competitividade com o mundo ou poderemos esperar fechamento de fábricas e desemprego em muitos segmentos, em pouco tempo”, enfatiza.
Da Assessoria
GERAL
Alerta das indústrias nacionais é discutido na Acit
A preocupação com a desindustrialização do Brasil foi tema da Reunião Aberta promovida pela Associação Comercial e Empresarial de Toledo(Acit), que contou com mais de 40 associados do segmento industrial, na quinta-feira(12). O empresário Augusto Sperotto, que até recentemente foi coordenador regional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná(Fiep), fez um alerta sobre este novo fenômeno que ameaça as indústrias, empresários e funcionários.
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