Na noite de ontem (12), Bulla apresentou uma proposta da Afocato para acabar com este impasse. Destacam-se a criação de um órgão municipal responsável pelo controle de zooneses; a obrigatoriedade de registro (chipagem) dos cães e gatos; necessidade de institução de um programa de controle ética da população destes animais; a realização um Censo da Populção dos animais; inclusão, pela Secretaria de Educação, de Programas educacionais nas escolas municipais: educação continuada e posse responsável; parceria com clínics da cidade para atendimento de emergências tais como atropelamentos/animais doentes abandonados, entre outros.
A proposta da Afocato apresentada pelo presidente ainda sugere que sejam disponibilizadas vacinas e remédios para animais da população carente; sejam promovidas campanhas publicitárias sobre posse responsável; multas pesadas para maus tratos/abandono; recolhimento de animais mortos e a criação de uma “casa de passagem” para acolher temporariamente os animais recolhidos.
A professora da PUC, a médica veterinária Liege Geórgia Martins, afirmou que a Universidade elaborou um projeto contendo informações técnicas, custos, as possibilidades de atendimentos, entre outros. Ela comentou que a PUC (grupos de acadêmicos e docentes) pode destinar um dia de sua rotina para a realização do trabalho com os animais, devido as outras atividades desenvolvidas pela equipe durante a semana. A Universidade realiza em média 70% de atendimentos anuais gratuitos. “Em média podemos castrar seis fêmeas e os machos o número pode ser maior”.
A médica veterinária salientou que somente controle de natalidade não resolve totalmente o problema. Para ela, o Poder Público deve ser responsável por realizar a triagem social das famílias, repassar informações a população para incentivar este controle e a terem uma posse responsável. “A PUC não pode ser responsabilizada por tudo. Nós podemos auxiliar na parte técnica e apoiar as pessoas envolvidas e a Prefeitura”.
Para o secretário de saúde do Estado, Newton Jorge Barufatti, está provado que a castração dos animais é o caminho para o controle da natalidade, porém não é suficiente. “Ele é o caminho, mas se não for algo bilateral nada vai adiantar. A população precisa receber informações sobre a posse responsável”.
O professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, Aldi Feiden, disse que é necessário elaborar proposta de pequena abrangência, mas a Comissão não pode esquecer-se do macro, principalmente buscar o fortalecimento das instituições. “Devemos pensar no futuro e se temos a possibilidade de elaborar uma Lei Municipal por que não fazer? Também podemos elaborar um projeto técnico para conseguirmos recursos em âmbito estadual ou federal”.
O representante da Associação Toledana de Imprensa (ATI), Márcio Pimentel, se comprometeu em desenvolver uma campanha de posse responsável e a distribui-la para a imprensa do Município.
Ao final da reunião, o presidente da Afocato Bulla, teve uma avaliação positiva. “Avalio como bom o resultado da reunião para resolver os problemas dos cães e gatos abandonados nas ruas e nos logradouros de Toledo. Foram discutidas muitas propostas para solucionar esta questão”.
**Doação**
Neste sábado (14), as pessoas interessadas em adotar um novo amiguinho, a Afocato vai doar 30 animaizinhos que precisam de um dono. A adoção vai acontecer no Supermercado Mulfatto, localizado na avenida Maripá, a partir das 9h.
GERAL
Toledo deve ter aproximadamente 25 mil animais abandonados nas ruas, estima Afocato
Nesta sexta-feira (13) completa um mês da realização da audiência pública para discutir o empasse da situação dos cães e gatos abandonados nas vias e logradouros de Toledo. A Associação Focinhos Carentes de Toledo (Afocato) acredita que há aproximadamente 25 mil animais abandonados em Toledo e seria necessária a realização da castração de 30% desta população no primeiro ano. Na noite de quinta-feira (12), aconteceu a primeira reunião da comissão para explanar sobre o assunto e elaborar algumas propostas para sanar este problema. Uma das sugestões foi saber como está o andamento do convênio entre o Poder Público e a Pontífica Universidade Católica (PUC), campus Toledo. Hoje, o presidente da Afocato, Antoninho Luiz Bulla, foi em busca desta resposta e foi convidado para analisar o projeto juntamente com a Secretaria de Saúde na próxima semana.
Mais lidas
- 1Violência contra crianças avança e desafia sociedade: casos dobram em 10 anos no Pequeno Príncipe
- 2Mãos à obra: dada a largada para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
- 3Com apoio do Biopark Educação, equipe ProteJá vence o Campus Mobile e leva inovação ao Vale do Silício
- 4Toledo tem 6º maior Índice de Desenvolvimento Municipal do Brasil, diz Firjan
- 5A vida e história de Papa Leão XIV: Robertum Franciscum Prevost
Últimas notícias
- 1Toledo é referência em festas gastronômicas no campo e na cidade
- 2Vacinação contra a dengue é ampliada para mais 102 municípios do Paraná
- 3Ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica morre aos 89 anos
- 4Secretaria da Educação realiza capacitação para professores PADIs
- 5US$ 1,56 bilhão: exportação de carne do Paraná cresce 20,8% nos primeiros meses de 2025