A cada ano, o grupo formado por cerca de 50 estudantes dos primeiros, segundos e terceiros anos, realiza atividades voltadas às diversas práticas artísticas. Este ano, a técnica utilizada foi a grafitagem. O espaço escolhido para a intervenção urbana foi o tapume de uma construção, em frente ao Teatro Municipal de Toledo. Nesta ação, o projeto conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e da casa Cor Tintas. Os trabalhos iniciaram na quinta-feira, 12, terão nova edição nesta quinta e serão concluídos no 22 de abril, integrando a programação da II Virada Cultural.
O local, segundo o responsável pelo Projeto, Neimar Proença de Oliveira, professor de Artes do Premen e artista plástico, foi escolhido por se tratar de um espaço que polui a visão de quem passa. “A ideia é fazer com que as pessoas tenham outros olhares para estes espaços. Com a nossa ideia, vamos tentar deixar o local, visivelmente, mais atraente”, explica o professor. “O espaço está totalmente poluído, visualmente. É um local que está em desuso e só serve para colagem de cartazes. Com os trabalhos dos jovens do Projeto, além da inibição da colagem dos anúncios, deixará o local mais agradável”, destaca a diretora do departamento de Cultura de Toledo, Catia Barbosa.
A linguagem do grafite, segundo o professor, tem por objetivo compreender, valorizar e divulgar uma forma de expressão artística – marginalizada -, onde o principal suporte são espaços alternativos, muros e paredes, que ganham expressividade, cores e formas.
Proença lembra que as atividades de grafitagem vêm sendo desenvolvidas há algumas semanas, em sala de aula. “Os alunos receberam orientações em sala de aula, com estudos teóricos, para compreensão desta intervenção. Depois dos trabalhos em sala de aula, partimos para a prática, onde cada um expressa sua personalidade no grafite”.
No tapume da construção escolhida, a técnica de grafitagem escolhida foi o “Estêncil”, onde se faz a transferência do desenho, através de uma matriz de placa de PVC fosco e spray, com pintura mural, a pincel e rolo de espuma.
Para os alunos, está é uma oportunidade de aprender algo novo e se expressar através da arte visual. “Eu sempre tive vontade de fazer esse tipo de arte, sempre gostei do diferente. O grafite tem tudo a ver com isso”, relata Adriana Heck, de 15 anos. “É uma experiência diferente e interessante. Essa expressão é uma oportunidade para acabar com o preconceito, principalmente, de as pessoas associarem o grafite com a pichação”, acrescenta Gabriel Genari, de 17 anos.
Da Assessoria - Toledo
GERAL
Alunos do Projeto Papel de Bala fazem intervenção urbana em frente ao Teatro
Nos espaços onde muitos veem como inutilizado, os jovens do Projeto Papel de Bala veem arte. É assim desde 2004, quando o projeto foi criado no Colégio Estadual Presidente Castelo Branco (Premen), de Toledo. A proposta do Projeto é transformar, o que muitos consideram como lixo, em arte.
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