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SAÚDE

Se a atenção básica não for eficiente não há dinheiro que chegue para resolver os problemas da saúde, defendeu Caputo Neto

Em recente visita a Toledo o secretário estadual de Saúde, Michele Caputo Neto proferiu palestra sobre Saúde Pública para estudantes, profissionais da área e agentes públicos. Caputo Neto demonstrou os avanços que o SUS representa para o país, defendeu o fortalecimento da atenção básica para que seja resolutiva em até 80% das demandas de saúde, nas unidades básicas. O secretário afirmou que a saúde precisa de mais recursos, mas advertiu que se a atenção básica não for eficiente não há dinheiro que seja suficiente para as demandas curativas. Caputo Neto afirmou que as ações do estado estão sustentadas no tripé custeio, investimento de capital e obras.

20/04/2012 - 19:38


Para o secretário regionalizar saúde não significa erguer estrutura. Para ele, estrutura erguida e vazia, sem gerenciamento não apresenta resultados. “Já vi isso e, simplesmente foi perda de dinheiro público. O Estado vai trabalhar com os vazios assistenciais da região e verificar quem pode dar a resposta sobre este vazio. Fazer as referências, apoiar e buscar com os parceiros incentivos de custeio, porque o custeio não aparece, ele não é uma obra ou um veículo que você bate uma fotografia. O custeio é o dia-a-dia de cada unidade”.

Caputo Neto explica que por este motivo o Estado está investindo em atenção básica, pois ela é responsável pela resolutividade de 70 a 80% dos problemas da saúde, mesmo que a estrutura esteja fortalecida e efetiva. “Nas ações trabalhamos as três vertentes: custeio, investimento e capacitação. Uma ação que estamos fazendo em Toledo e região (não aparece na mídia) é a capacitação de profissionais da atenção primária do SUS. São 1600 profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas, farmacêuticos, agentes comunitários, técnicos de enfermagem e gestores) que estão fazendo este curso de capacitação. É importante capacitar, investir e custear”.

O secretário destaca que a atenção primária fortalecida evita a superlotação de hospitais. “Os hospitais tem natureza secundária e terciária e não responsabilidades que poderiam ser resolvidas nos postos de saúde. A atenção básica é responsabilidade do Município, nós não achamos assim. A partir de julho, nós criaremos um incentivo a atenção primária. Nós criamos um incentivo para apoiar a assistência farmacêutica nos Municípios com menos de 10 mil habitantes e colocamos no orçamento deste ano. Tão importante quanto fazer uma boa gestão é ter recursos, porque a saúde exige recursos e pela primeira vez, na história do Paraná se cumpriu uma emenda constitucional 29. Isto está trazendo para o Estado o primeiro orçamento de 2012, R$ 300 milhões que veio para dar prioridade a saúde”.

Ações

Neste ano, o Estado deve reformar e ampliar as unidades básicas de saúde. Além de construir outras 120 unidades. Além disso, a Secretaria está fortalecendo as redes secundárias e as referências hospitalares. “Não está acontecendo somente a capacitação. Ela é um dos tripés da nossa estrutura de Governo (custeio, investimento de capital e obras)”, fiz Caputo Neto.

O secretário informou que no Município de Cascavel está sendo construído o Centro de Atendimento de Álcool e Drogas. O local vai atender as regionais daquela cidade e de Toledo, onde 70% dos leitos ficarão a disposição da região e 30% do Município sede. “Nós estamos no primeiro orçamento do Governo, estamos trabalhando e organizando as redes de atenção, fortalecendo a atenção primária e entendendo que tem ações que são estruturantes. O Paraná ficou muito tempo para trás. O Paraná deixou de fazer muitas questões que eram estratégicas para saúde. Inclusive colocar recursos que você pudesse viabilizar os programas e os planos de saúde. Estamos no caminho certo, estamos trabalhando em parceria e com o apoio forte da Assembleia Legislativa. Investimentos que estamos trazendo do Ministério da Saúde e do Banco Mundial”.

Na próxima semana, o Estado vai firmar uma parceria com o Banco Mundial no valor de R$ 30 milhões para a estruturação das redes de urgência e emergência e para rede materna infantil. “Outro projeto que será lançado é o Mãe Paranaense que vai trabalhar forte a atenção materna infantil dando respostas e reduzindo os índices”.

Em reunião com os prefeitos, o secretário disse que deve ser repassado R$ 2 milhões para a construção do Centro de Especialidades Regional e mais R$ 100 mil para a compra de equipamentos. Caputo Neto relata que o valor do recurso para custeio repassado ao Ciscopar vai aumentar em cinco vezes. “A prioridade é o centro de especialidades. Os prefeitos conseguiram parte de um financiamento do Ministério da Saúde e o recurso será complementado com o valor de R$ 2 milhões para obras”.

O secretário acrescenta que o Estado deve destinar recursos para construção da nova sede da 20.ª Regional de Saúde, da Unidade de Coleta e Transfusão de Sangue e da Farmácia do Paraná nos orçamentos 2013/2014.

Selma Becker e Graciela Souza

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