O médico veterinário da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SEAB) – Unidade Toledo, Márcio Eidi Ogassawara, explica que na primeira etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa de 2012 o produtor deve vacinar os bovinos e búfalos com até dois anos de idade. “Em Toledo e na região observamos que há um elevado índice de vacinação, pois por diversos anos atingimos até 98%. É importante que o rebanho esteja imunizado, porque a vacina é a forma mais efetiva para evitar a doença”.
Ogassawara comenta que a maioria das empresas responsáveis por comercializar a vacina já possuem estoques do produto. Em Toledo, segundo o médico veterinário, o valor varia em torno de R$ 0,90 e R$ 1,50. “Aos produtores que tiverem um rebanho menor para evitar o descarte de vacina podem comprar em parceria com outros produtores, pois o menor frasco corresponde a dez doses”.
Mas, o profissional chama a atenção: “A vacina pode ser comprada em parceria, porém a comprovação da vacina é individual”.
Comprovação
O médico veterinário afirma que durante a compra da vacina, o produtor deve solicitar a nota fiscal e um comprovante em branco, pois serão estes os documentos que irão comprovar que ele vacinou o rebanho na Seab. “Não basta somente vacinar, o produtor terá que entregar a nota fiscal e o comprovante devidamente preenchido na Seab até o dia 31 de maio. Caso, o produtor não vacine ou esqueça-se de comprovar, após o prazo ele poderá ser multado em R$ 101,84 por cabeça não vacinada. O produtor ainda perde a autorização de transporte dos animais”.
Vírus
Ogassawara explica que a febre aftosa é causada por um vírus e pode provocar febre e aftas. “A febre aftosa é uma doença altamente transmissível e causa um estado febril e aftas na boca, na língua e nas patas. Com isso, o animal – em curto tempo – pode perder peso”.
Segundo o médico veterinário, se um determinado Município tiver algum foco da doença, o vírus em um período breve pode ser transmitido para outras regiões. “A região que apresentar o vírus da febre aftosa, as exportações são cessadas imediatamente e isto causa grandes prejuízos na economia rural e urbana”.
Oficialmente, o último caso de suspeita de febre aftosa foi registrado no Norte do Paraná em 2005. Na época, as exportações foram bloqueadas em todo o Estado.
**Área Livre**
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconhece o Paraná como área Livre de Febre Aftosa com vacinação. Isto está previsto em legislação estadual a obrigatoriedade da imunização do rebanho e a sua comprovação.
