Essa energia a mais seria suficiente para suprir as necessidades de uma cidade do porte de Foz do Iguaçu/PR, com aproximadamente 254 mil habitantes, durante 13,5 meses ou toda a demanda do Paraguai durante 17 dias.
Com o novo cronograma, as unidades geradoras deixarão de ter as atuais paradas semestrais, anuais, bienais e quadrienais, passando para um calendário trienal, com apenas quatro paradas, com intervalo de seis meses e duração entre um e dois dias.
A cada intervalo de 18 meses, acontecerá ainda uma parada para verificação mais ampla (antiga bianual), e a cada 36 meses todos os componentes e sistemas da unidade geradora serão verificados (antiga quadrienal).
“Deixaremos de lado o tradicional calendário anual para adotar 18 meses como o ‘ano’ para a unidade geradora”, explica o superintendente adjunto de Manutenção, Marco César Castella. “É um processo ao mesmo tempo ousado, porque, além de excluir a manutenção anual, altera sua periodicidade, e conservador, porque continuamos com o intervalo máximo de 18 meses, garantindo, assim, a confiabilidade das unidades geradoras”, completa.
O aumento no índice de disponibilidade não exigirá investimentos em novos equipamentos – será conquistado apenas com a otimização de processos e do trabalho de qualidade que vem sendo desenvolvido pelos técnicos. Os sistemas de informática também serão decisivos para a implantação do novo modelo e, para isto, a Superintendência de Manutenção trabalha em conjunto com a equipe de Informática da Itaipu.
Valiosa experiência
O que permitiu o desenvolvimento deste novo cronograma foi a experiência adquirida durante os 28 anos de manutenção das unidades geradoras e, recentemente, com a desmontagem e montagem da Unidade 6, a U06, para o reparo de duas trincas, identificadas durante uma das manutenções periódicas, em 2010.
O processo promoveu um mapeamento completo da unidade geradora, proporcionando segurança à equipe para a tomada de decisão para alteração da periodicidade. Ou seja: o que começou como um evento negativo, agora contribuirá com ganhos em geração de energia à Itaipu, ao Brasil e ao Paraguai.
“Depois de finalizarmos o primeiro ciclo de três anos, queremos otimizar ainda mais essa disponibilidade, com a utilização de tecnologias que permitam mais segurança nos trabalhos”, explicou o superintendente de Manutenção, Julio Cesar Romero Sanchez.
A ideia é preparar o terreno para, no futuro, reduzir ainda mais o índice de indisponibilidade das unidades geradoras. Após a avaliação deste ciclo, ousamos em afirmar que o aumento de disponibilidade será ampliado em 76 dias, o que seria suficiente para atender as necessidades de uma cidade do porte de Foz do Iguaçu, por 27 meses, e do Paraguai, por 34 dias.
Sucessivos recordes
Em 2012, a Itaipu bateu recorde no quadrimestre e teve o melhor abril de todos os tempos. De janeiro a abril, a usina produziu um total de 32.913.663 milhões de megawatts-hora (MWh). Em abril, a produção foi de 8.193.226 MWh, superando o recorde de abril de 2009, que era de 8.142.752 MWh.
Caso seja mantida a mesma média de produção de maio a dezembro de 2008, a Itaipu estabelecerá em 2012 um novo recorde histórico mundial. A produção atual já é 2% maior do que a registrada daquele ano, quando a usina gerou 94.684.781 MWh.
Contribuíram para as novas marcas a crescente demanda dos sistemas brasileiro e paraguaio e a ampliação dos limites de geração de Itaipu em 60 hertz (Hz), que possibilitou à usina enviar mais energia para suprir a demanda da região Sul.
Maior usina hidrelétrica do mundo em geração de energia limpa e renovável, Itaipu tem 20 unidades geradoras. No ano passado, atendeu 16,99% da energia consumida no Brasil e abasteceu 72,91% da demanda paraguaia.
Da Assessoria
GERAL
Itaipu reduzirá o tempo de manutenções das unidades geradoras
A partir de 2013, a Usina Hidrelétrica de Itaipu vai alterar o modelo de gestão das manutenções periódicas de suas unidades geradoras. A medida reduzirá em 36,7 dias o tempo que as máquinas ficam paradas para avaliações e reparos. Isso significa uma possibilidade de geração extra de energia de, aproximadamente, 520 mil megawatts/h por ano.
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