Toledo é um dos Municípios do Estado selecionado para participar do edital do MP para a execução do Plano de Coleta Seletiva

Scherer comentou que nenhum Município do Paraná – presente na reunião – tinha um Plano de Coleta Seletiva conforme os requisitos solicitados no edital do Ministério do Meio Ambiente. Diante disso, cada Município preencheu um formulário e, provavelmente nesta semana, será divulgada a resposta se Toledo foi selecionado para participar deste edital. “Um exemplo que não está contemplado no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Toledo é a identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas com outros Municípios para a coleta seletiva considerando os critérios de economia de escala, a proximidade no local estabelecido, formas de prevenção dos riscos ambientais. Hoje só temos um Consórcio Intermunicipal, mas não temos nada a respeito que fale sobre um plano de coleta seletiva desenvolvido em conjunto com os demais municípios. Na nova proposta de plano haverá uma discussão sobre este assunto”.
De acordo com Scherer, o edital prevê a liberação de R$ 200 mil para que o Município desenvolva o Plano de Coleta Seletiva no prazo de dez meses. Em contrapartida, o Município deve fazer um investimento de 8% até 20%.“Após este período é possível acessar o segundo edital, o qual abrange o desenvolvimento de projetos de engenharia e o terceiro edital que prevê a execução destes projetos. O Município possui um projeto de engenharia com a proposta da colocação de EcoPontos. Neste caso, Toledo poderia preencher executar – de imediato – o terceiro edital, ou seja, a construção propriamente dita. Neste caso estamos mais adiantados que outros Municípios do Estado”.
O presidente do Conselho Municipal do Meio Ambiente (CMMA), Robert Hickson, destacou que Toledo está a frente dos demais do Paraná com relação a organização da coleta seletiva na cidade. “Toledo foi contemplado por fazer o dever de casa. Tem o aterro, aprovou o plano de resíduos, tem decreto, tem lei”.
Hickson disse que a Secretaria do Meio Ambiente juntamente com outros órgãos devem analisar propostas para ampliar a coleta seletiva, pois muitos moradores de alguns bairros ainda não são contemplados com este serviço. “O que está começando a melhorar com relação a coleta seletiva é a coleta de material reciclável. Foi formada uma associação que devido estar arrecadando um número elevado de material, o barracão será ampliado”.
EcoPonto
O EcoPonto é um programa para depósito de pequenas quantidades de restos de construção, jardinagem, eletrodomésticos, pilhas, lâmpadas, baterias entre outros materiais deixados pela população em terrenos abandonados. Baseado em um projeto português, o Ecoponto contará com uma estrutura de containers para o depósito separado dos materiais, uma guarita para recolhimento e seleção e áreas para depósito. O projeto foi apresentado pelo professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, Camillo Vanzo.
Conforme o presidente do CMMA, os ecopontos – a princípio - vão receber diversos tipos de resíduos, os quais devem ser segregados (separados). “A população vai levar os seus resíduos gerados para os ecopontos. Todo o material será separado em containers. Na sequência, os materiais serão destinados para locais previamente licenciados e autorizados”.
Segundo Hickson, o Conselho vai contribuir para o desenvolvimento deste projeto. “O Município não possui somente problema com resíduo sólido ou construção civil, mas também a falta de um plano para reger os recursos hídricos da cidade. Este plano deve ser elaborado o mais breve possível, pois se o Ministério do Meio Ambiente liberar algum edital com recursos quem tiver o plano pronto vai participar e Toledo vai estar fora?”.
Audiências
Na reunião ordinária do CMMA, o presidente relatou sobre as audiências públicas realizadas no último mês como: murta, Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, Zoneamento de uso do solo no entorno do aeródromo, alteração do perímetro urbano, condomínios horizontais de lotes e alterações da legislação do parcelamento de solo urbano. Para Hickson é primordial o debate destes assuntos em audiências públicas. No entanto, ele destacou que a população não tem o hábito de participar destas reuniões. “A sociedade não está educada a participar das decisões públicas políticas de Toledo. Tudo mundo só critica, porém ninguém apresenta alguma sugestão. Os assuntos devem ser mais discutidos na sociedade. Ninguém deve ter vergonha, por expressar aquilo que acredita ser correto. Cada um deve contribuir para resolver um determinado problema que para nós muitas vezes ainda não tem solução”.