O secretário participou da criação do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Rio de Janeiro. O estado é o oitavo a ter o comitê. Já foram instaladas unidades em São Paulo, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, na Bahia e no Ceará, Goiás. A intenção é a de criar esses comitês em todo o território nacional até 2014.
O desafio inicial dos comitês estaduais será a criação das primeiras estatísticas em torno da ocorrência desse crime transnacional, que se refere ao tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, exploração de trabalho escravo, adoção internacional e tráfico internacional de órgãos. A partir da criação dos comitês estaduais, a meta é estruturar o Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas “O tráfico de pessoas é um crime que tem característica de profunda invisibilidade social”, disse Abraão.
Segundo o secretário, muitas vezes, as próprias vítimas não percebem a situação. Por isso, as ações repressivas não têm ainda promovido registros específicos para se criar um banco de estatísticas dessa atividade criminosa. “A formulação de políticas depende de diagnósticos sobre a ocorrência das modalidades criminosas. Essa é a tarefa primeira em cada uma das modalidades de tráfico de pessoas”.
A promoção de grandes eventos no país e a crescente mobilidade da população brasileira tornam mais urgente a questão do tráfico de pessoas, destacou Abrão.
Os comitês integram o Segundo Plano de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que prevê diretrizes e ações para o país nos próximos anos. O plano foi já foi encaminhado à Casa Civil da Presidência da República, para aprovação. A expectativa é a de lançar o plano ainda no primeiro semestre deste ano.
“Também vai permitir uma transversalidade do tema com os demais ministérios e órgãos que se relacionam com o combate dessa atividade criminosa”, disse Abraão. O secretário se refere à Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Segurança Pública, Defensoria Pública da União, Ministério Público e as polícias estaduais.
Da Agência Brasil
GERAL
Brasil terá as primeiras estatísticas oficiais sobre tráfico de pessoas em um ano
O Ministério da Justiça espera ter os primeiros dados sobre o tráfico de pessoas no país em um ano. O que existe atualmente são dados baseados em denúncias e em estudos contratados no ano passado. A informação é do Secretário Nacional de Justiça do Ministério da Justiça, Paulo Abrão. Um dos estudos foi feito em conjunto com a Comunidade Europeia que mapeou o tráfico de mulheres entre o Brasil, Portugal e Itália e verificou que a maior procedência de mulheres para o tráfico para estes países está no estado de Goiás.
Mais lidas
- 1Acesso à internet na primeira infância mais do que dobrou desde 2015
- 2Produção científica brasileira volta a crescer em 2024
- 3Ato oficializa abertura de conta da Prefeitura de Toledo no Sicredi Progresso
- 4Projeto-piloto na UBS Jardim Maracanã é exposto durante evento em Brasília
- 5Paraná se destaca na vacinação contra HPV e supera média nacional em 2025
Últimas notícias
- 1Campanha Legal destina parte do imposto de renda para crianças, adolescentes e pessoa idosa
- 2Ciclones, tornados ou furacões: Simepar explica a diferença entre os fenômenos
- 3Férias com cuidado: o que os pais precisam saber antes de levar as crianças à piscina ou praia
- 4Cães de abrigo participam de catálogo de tintas e ganham cor própria em campanha contra o abandono de animais
- 5Cultura Viva: histórias e saberes na escola


