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OPINIÃO: Sessão itinerante na linha do tempo APP e DPP

Para quem apostava que a sessão itinerante não teria público, errou. A Sessão da Câmara realizada na segunda-feira (7), no Ondy Niederauer teve a presença de estudantes, professores, empresários, senhoras com filhos nos braços e também lideranças comunitárias e partidárias.  E olha que a sessão às 14h já é um belo limitador de público. Mas a plateia não teve a brava resistência de esperar até o final da sessão. Na pauta teve discussão para todas as pautas, desde orçamento até os processos do ex-prefeito Derli Donin e o dinheiro que deve retornar aos cofres públicos, na contrapartida a situação tenta construir o paralelo da linha do tempo APP e DPP (antes do Partido Progressista e depois do Partido Progressista).

09/05/2012 - 06:39


O Público
Na plateia o comentário geral era de aprovação das sessões. Alguns diziam não saber quem era quem dos representantes do povo. Outros diziam esperar mais dos vereadores.

Poderia ser melhor
Talvez o público presente poderia avaliar melhor se tivesse tido a oportunidade de participar do debate dos requerimentos, dos projetos. Que sempre ficam para o final da pauta, quando ninguém mais aguenta. Nem os próprios vereadores... alguns chegam alterar o humor de tal forma que da plateia é difícil aguentar.

Limpa banco
Ah! A sessão itinerante produziu o efeito limpa banco. Até mesmo os vereadores que nunca falam, ou quase nunca – a turma do entra mudo e sai calado – ou ainda, a turma que só se mexe na hora do voto, na sessão itinerante falou!

Passando a limpo
Não poderia passar em branco a oportunidade dos grupos fazerem a “prestação de contas”. De um lado o Fritzen (PP), com o velho discurso que Toledo só existe no mapa do Brasil a partir do PP, enquanto isso o Bisognin (PMDB) – buscava na linha da história os feitos que fizeram Toledo antes mesmo da era PP.

Redes Sociais I
Definitivamente as redes sociais pautam a sociedade e não poderia ser diferente no Legislativo. Um boato disseminado na rede na manhã de segunda-feira tomou conta de boa parte do debate. O boato afirmava que a oposição acabaria com o Orçamento do Povo. Bem este programa nasceu em ninho petista, com outro nome é verdade. Lá é chamado Orçamento Participativo. Mas mudar nome de coisa boa é a coisa mais comum no meio político.

Redes Sociais II
Naturalmente os petistas defenderam a bandeira e prometeram aprofunda-la ainda mais, não só em volume de recursos, mas também como instrumento de participação popular nos projetos da Cidade.

Orçamento do povo para um é...
O vereador do PSDB, Rogério Massing afirmou que o Orçamento do Povo é uma cópia de Caxias do Sul, mas disse também que a tese do vereador Paulo dos Santos era furada ao dizer que iriam ampliar o recurso para o povo decidir. “O Orçamento do Povo começou com R$ 2 milhões, passou para R$ R$ 2,5 milhões e hoje R$ 3 milhões que estão na mão da população. Não é para decidir uma escola nova, um posto de saúde, uma UPA, Hospital Regional. É para discutir as pequenas coisas, como um ar condicionado para uma sala de aula... no dia a dia pode ser pequeno para nós que discutimos um orçamento de R$ 287 milhões, mas para que vocês fiquem sabendo 50% disso fica para pagar a folha e ainda tem os financiamentos contratados... aí quando você vê o que sobra deste valor é 20 ou 25% deste valor”, justificou Massing.

Orçamento participativo para outro é...
Paulo dos Santos retrucou: “Massing diz que meu discurso está furado porque 50% vai para a folha de pagamento, mas eu quero discutir folha de pagamento também, afinal de contas dentro dos recursos humanos estão os cargos de confiança. Cargo de confiança tem sido ponto de nossas críticas desde a era do Derli Donin  que tinha 241 cargos políticos, que consumia para pagá-los mais do que o total arrecado em IPTU na época. Foi com este debate que conseguimos reduzir este número, hoje o prefeito tem próximo de 100 cargos de confiança”.

Assistência Social
Ainda no bate rebate do orçamento o líder petista questionou o orçamento da Secretaria da assistência Social. “Comparado o orçamento de 2011 e 2012 a secretaria de assistência social perdeu R$ 624 mil. Como pode? Aumentamos o orçamento e a Secretária perde R$ 624 mil?”.

Atenção ou desatenção às mulheres
Adriano Remonti (PT) na discussão do orçamento do povo defendeu o programa com instrumento mais eficaz nas prioridades do município. “Não é possível que trocamos uma telha numa escola e colocamos uma placa enorme dizendo mais uma obra do orçamento do povo. Nosso município é o segundo pior em saúde público, e ainda pior, para as mulheres. Não podemos quando vem a votação do orçamento colocar R$ 400 mil na secretária da mulher, num orçamento total de R$ 287 milhões. Dos R$ 400 mil na pasta, R$ 200 mil vai para pagar salários da secretária Mareli Donin (esposa do ex-prefeito Derli Donin) e demais ajudantes e ainda é remanejado verba desta secretaria para outros setores. Sobra R$ 100 mil para quê? Fazer casamento comunitário? Não é isso que esperamos de um governo. Queremos mostrar que existe outro jeito de gerenciar o dinheiro público”.

Saúde e Educação
O vereador Leoclides Bisognin (PMDB) defendeu que o foco principal do governo deve ser saúde e educação, as demais áreas são importantes, mas segundo ele, tem suas reservas, “Nenhum país do mundo se desenvolveu com a maioria de analfabetos. Quem olha para a Índia e sua vaca sagrada andando na rua – pensa que é um atraso. Mas vocês sabiam que a Índia é o país que mais forma doutores no mundo? E assim é a China, estão cada vez mais formando doutores e para quê isso? Para dominar o mundo pelo conhecimento! Só trabalho não adianta nada,é preciso ter conhecimento para desenvolver tecnologia... Então jovens estudem, estudem, estudem”, aconselhou.

Cachoeira, cachoeirinha
O caso Cachoeira – caso de corrupção – que toma conta da mídia nacional foi tema no legislativo municipal, mas Paulo dos Santos questionou o que ele chamou de nosso quintal. “Onde está aquela quadrilha que o Ministério Público, lá em 2003 dizia que havia dentro da Prefeitura de Toledo. Uma quadrilha chefiada na época pelo prefeito Derli Donin – foram identificado 13 nomes, outros entravam como membros não conhecidos. Onde está aquela quadrilha que hoje tem que devolver cerca de R$ 45 milhões para os cofres públicos. E onde estava a assessoria jurídica que deixou que isso ocorresse na época? Pensem bem, quem era o assessor jurídico da época? Quem era o assessor jurídico, na época, que dava pareceres favoráveis para aquelas licitações fraudulentas?”, disparou.

Outro lado da memória
Fritzen em defesa do governo do ex-prefeito Derli Donin, resgatou o que para ele é a sua verdade. Disse que quando Derli assumiu as crianças da Escola do São Francisco não tinham carteira escolar para apoiar os livros e fazer suas tarefas. “O prefeito Derli assumiu o governo e melhorou o que foi possível e o Schiavinato prosseguiu. Agora se o Conselho de Oposição quer mudar Toledo, quer mudar para aquele passado, onde a prefeitura fechou as portas e anunciou ao mundo que estava quebrada?”, esbravejou Luis Fritzen.

Estranho...
Os apontamentos do líder do governo municipal, Luis Fritzen são naturais, afinal fez parte integralmente da administração tanto de Derli Donin, quanto Schiavinato. Só é estranho porque diante dos apontamentos de tantos processos de improbidade administrativa do ex-prefeito Derli Donin, e da informação do Paulo dos Santos que deverão devolver aos cofres públicos cerca de R$ 45 milhões, o líder não fez um único comentário. Estranho!!

Passar a história a limpo
Para quem acompanha as Sessões da Câmara semanalmente, ou aqueles que já desistiram de acompanhar, vão concordar comigo. As verdades históricas contadas por cada um dos lados é uma repetição só. Mas o tom é discursivo. A Casa de Notícias publicamente se coloca a disposição para os dois protagonistas desta história, em tempo igual, para os ex-prefeitos Derli Donin e Corazza passarem a limpo esta história.  Um bate papo, claro e objetivo – já que nem um dos dois é candidato para dizer seus erros e acertos e deles quem fez parte, afinal ninguém acerta sozinho, nem tão pouco erra sozinho. Porém em tempos de glórias há muitos amigos, em tempos de “pobreza”, o silêncio e a solidão imperam.

O fim da picada
O fim da picada foi a indicação do vereador Renato Reimann (PP), que pedia a adoção de medidas para que os médicos da rede pública, prescrevam, preferencialmente, medicamentos contidos na cesta do Poder Público. “A indicação é que o os médicos preferencialmente prescrevam os remédios que são distribuídos gratuitamente pelo município, porque muitas vezes, as pessoas não ficam satisfeitas quando é prescrito um remédio que não está na lista dos distribuídos pelo SUS e terão que comprar na farmácia”.

O fim da picada II
Ademar Dorfschmidt (PMDB) não gostou nem um pouco da indicação e disse que talvez aquela seria a primeira indicação que votaria contra. “a que ponto nós chegamos? um vereador pedir para o médico prescrever o que está na prateleira? Tem que ser prescrito o que o cidadão precisa e não o que tem no estoque guardado. Tinha que inverter esta indicação. Devia dizer que: o poder público conceda o medicamento que será mais eficaz para o cidadão, ai sim, mas dizer que o médico tem que se sujeitar aquilo que está na prateleira? Se não tiver o medicamento eficaz na prateleira, o município deve bancar o remédio. O vereador vir pedir isso para quê? Para limpar o estoque que está lá parado? Para um médico se sujeitar a isso?”.

Indicação retirada
Quem diria, Paulo dos Santos, tradicionalmente considerado o mais pavio curto do grupo fez o meio de campo. Disse que era um problema de redação, que o colega Renato Reimann, não foi feliz na redação e pediu para que ele retirasse a indicação para melhorar a redação. Pedido feito, pedido acatado. Claro, o líder do Renato, o vereador Luis Fritzen também pediu.

E agora José?
Para quem estava acostumado só ver no placar aprovações de questões que interessavam um dos grupos políticos, no caso o grupo no comando do Paço, teve um susto. Três pedidos de informações marcaram no placar da votação 5 X 5. Desempate dado pelo presidente da Casa, Adelar Holsbach.  A oposição levou os três pedidos de informação.

O que querem saber
Os Vereadores Adriano Remonti e Paulo dos Santos solicitaram as informações sobre arrecadações com o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), no ano de 2011; e Informações sobre casas de Programa de Habitação (a velha queixa de que alguém pode estar promovendo um fura fila) e a terceira assinada só pelo vereador Paulo pede informações sobre exames médicos de Toledo.

Como votaram
Quem votou a favor do pedido de informação: Bisognin e Ademar do PMDB, Adriano e Paulo do PT, e João Martins do PDT. Já no time do contra o pedido de informação votou Rogério Massing e Expedito Ferreira do PSDB, Fritzen, Eudes Dalagnol e Renato Reimann os três do PP. Como deu empate, o voto minerva fica com o presidente da Casa, Adelar Holsbach – o Pelanca que desempatou o jogo a favor das informações.

Sessão Itinerante
Ares longe do Paço e mais perto do povo fez bem a muita gente.

Clicks fotográficos
Os clicks fotográficos do assessor do Paulo dos Santos, Wagner Lima tem feito sucesso nas redes sociais. É que o assessor tem registrado cada cena... Caras e bocas... Fritzen disse não sentir-se incomodado pelos cliks do equipamento fotográfico, ou de qualquer filmagem, mesmo que fosse da repórter da Globo. Bem a filmagem era da Casa de Notícias. Não sei se a empresa citada se disporia passar horas e horas, ouvindo os edis. Às vezes ouvindo velhos discursos que se repetem ano após anos. Talvez isso tenha cansado muitos colegas da imprensa que hoje não mais acompanham as sessões, mas quem sabe este seja o objetivo, né?

Por Selma Becker

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