“Queremos considerar em nossos projetos de pesquisa a visão de quem vive diretamente a realidade da produção regional”, afirma o diretor-presidente em exercício Adelar Motter.
A ação dá prosseguimento às atividades de elaboração do Plano Diretor de Pesquisa Agropecuária do Paraná, iniciada no ano passado com uma reunião de especialistas sobre a economia do Paraná. Utilizando metodologia participativa, os convidados são divididos em grupos para levantar e debater as alternativas de exploração agropecuária para a região, considerando os aspectos econômicos, sociais e ambientais das atividades propostas.
O diretor-adjunto de pesquisas do Iapar, Augusto Guilherme de Araújo, acompanhou as reuniões e destaca a alta representatividade nos três encontros. Compareceram representantes de sindicatos, universidades, cooperativas e associações de produtores, lideranças políticas e empresariais, além dos agentes do setor público. “Isso possibilitou discussões muito qualificadas”, conclui.
Na reunião de Cascavel, realizada terça-feira (8), os participantes consideraram que a bovinocultura, leiteira e de corte, tem grande potencial para desenvolvimento no oeste do estado, desde que vencidos desafios técnicos ligados à alimentação do rebanho, como qualidade de pastagem, e desenvolvimento de parâmetros técnicos aplicados à realidade de clima e solo da região.
Outra cadeia com grande perspectiva na região é a do feijão, inclusive na modalidade de cultivo orgânico, de acordo com os participantes. No aspecto tecnológico, o ajuste de variedades adaptadas e de épocas de plantio, tecnologia de pós-colheita e fixação biológica de nitrogênio foram apontadas como tópicos para futuras pesquisas.
Para o desenvolvimento da fruticultura (principalmente citros, uva e maçã), o grupo apontou um grande leque de parâmetros técnicos a resolver, como a definição de sistemas de cultivo, variedades adaptadas, adubação, tratamentos fitossanitários.
Incrementar opções de cultivo capazes de gerar renda no inverno – como canola, aveia branca, trigo, girassol – também pode dar dinamismo à economia local. Aqui, os participantes apontaram que a pesquisa deve buscar novas opções de cultivo, sem deixar de lado o aprimoramento do conhecimento tecnológico aplicado às culturas atualmente já exploradas. “Foi uma dinâmica de trabalho muito apropriada para levantar as necessidades da região”, afirmou o secretário de agricultura do município de Cascavel João Batista Cunha Junior.
Na reunião de Pato Branco, realizada na quarta-feira (9), leite, fruticultura e cultivo de feijão (neste caso, a safrinha de inverno) também foram apontados como explorações que têm grande potencial para o desenvolvimento do sudoeste. Olericultura no sistema orgânico e exploração integrada de lavouras, pecuária e florestas foram alternativas apontadas pelos participantes.
A consolidação da cadeia produtiva de mel e derivados foi o destaque dos debates realizados em Ivaiporã, na quarta-feira (10). Os participantes também apontaram a exploração do leite, fruticultura, cultivo florestal e olericultura, convencional e orgânica, como potenciais para a região central do estado.
Elisângela Bellandi Loss, agrônoma da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), participou do encontro em Ivaiporã e elogiou a iniciativa do Iapar. “É importante a integração da pesquisa com cooperativas e organizações da agricultura familiar e ligadas à produção agroecológica”, afirmou.
O “Fórum da Pesquisa” prossegue com reuniões em Irati (no próximo dia 16), Curitiba (17), Cornélio Procópio (18), Cianorte (22), Maringá (29) e Londrina (também no dia 29).
Da AE Notícias
GERAL
Iapar inicia Fórum de Pesquisa Agropecuária
O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) iniciou nesta semana, com reuniões em Cascavel, Pato Branco e Ivaiporã, o “Fórum da Pesquisa”, uma série de encontros com técnicos e lideranças nas diversas regiões do Estado visando conhecer a opinião dos participantes sobre explorações agropecuárias que têm potencial para, num horizonte de 15 a 20 anos, consolidar novas cadeias produtivas, diversificar e incrementar a pauta de produtos do setor agroindustrial paranaense, hoje dependente das culturas de soja, milho e frango.
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