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AMBIENTE

Diagnóstico da Secretaria do Meio Ambiente aponta que 56% das árvores devem ser substituídas em Toledo

A discussão sobre a retirada da falsa murta em Toledo teve continuidade, na noite de quinta-feira (17), na sala de reuniões do Legislativo. De acordo com o diagnóstico de arborização, o Município de Toledo possui 90 mil árvores na área urbana. Do valor total, 6,85% são falsa murta, o que representa em média 7 mil árvores. A falsa murta fica apenas atrás das espécies: alfeneiro (15,7%), outras espécies (10,7%), extremosa (9,94%) e canela (7,35%).

18/05/2012 - 14:35


O diagnóstico – apresentado pelo engenheiro florestal, Paulo Jorge Silva de Oliveira – é uma ferramenta para subsidiar a proposta da criação do Plano de Arborização de Toledo. No diagnóstico foram abordados diversos itens, como: sanidade das árvores, problemática do conflito da arborização urbana com a fiação elétrica, problemas com passeio, entre outros.
Para Oliveira, os dados significativos são dois: a sanidade das árvores e sua substituição. O levantamento mostrou que Toledo possui 90 mil árvores e 74% desta arborização está adequada, ou seja, são árvores saudáveis, não possuem doenças, rachaduras ou problemas de tombarem com o vento, enfim. Do volume total de árvores na sede, 23,18% estão em estado regular; 2,63% possuem algum tipo de doença e 0,17% estão mortas.
No entanto, o mesmo diagnóstico que mostra a boa sanidade das árvores em Toledo também aponta que 56% desta arborização precisa ser substituída. “Algumas árvores estão doentes, outras em lugar inadequado, entre outros motivos”, declara Oliveira. O engenheiro florestal considera este dado preocupante. Para ele, o Município terá que se preparar para executar o trabalho gradativamente e dentro da proposta orçamentária atual. “O Plano de Arborização de Toledo deverá ser executado a médio e em longo prazo. Os dados do diagnóstico serão apresentados para o Executivo e a comunidade para saber como será realizada a retirada das árvores”.
Outro dado apresentado por Oliveira é a interferência da árvore na fiação elétrica. O estudo mostrou que 62,4% não apresenta algum tipo de problema, porém 26,3% interferem de alguma forma e 11,1% são árvores jovens que irão atrapalhar a fiação quando adultas. O gerente regional da Copel, Jair Benke, apresentou um projeto da entidade de nível estadual. Ele explicou que as árvores que interferirem na rede a Copel firma uma convênio com a Prefeitura, no qual paga R$ 85 por árvore substituída e fornece as mudas. Benke relatou que este valor é suficiente, pois profissionais da Copel realizaram diversos estudos para chegar a este número. Ele informou que atualmente, o viveiro da Copel possui oito tipos de árvores, sendo cinco de pequeno e três de médio porte. Após o convênio, a entidade pode substituir 10 mil árvores pode ano.
Dados
O estudo ainda apresentou que 92% das árvores estão localizadas em passeios com mais de 3 metros de largura e que 80% das raízes das árvores não interferem em nada, mas 10,5% quebra a calçada e 1,9% são espécies que a destroem. Com relação a interferência no trânsito, 82,6% não afeta em nada; 9,5% afeta pedestres e 4,4% veículos e 3,4% ambos.
Retirada
Conforme o engenheiro florestal, a Secretaria do Meio Ambiente estabelece critérios rígidos para a retirada de algum tipo de árvore de Toledo. “Nós temos critérios rigorosos e solicitamos que a empresa responsável por desenvolver este diagnóstico forneça subsídios para que o Município sirva como referência no plano de arborização para a remoção destas árvores”.
Ele disse que o profissional somente autoriza a retirada da árvore caso esteja próxima de esquinas, com menos de cinco metros do elemento predial, proximidade com o poste de luz (cinco metros de afastamento), placas de trânsito e árvores doentes. “Para retirar tanto a falsa murta quanto as outras espécies é obrigatório o protocolo junto ao Município. Somente o proprietário pode solicitar a retirada de árvores. O técnico visita o local e autorização ou não a sua retirada”.
Oliveria disse que segundo a legislação, o profissional tem 15 dias (corridos) para vistoriar o local. “Em Toledo levamos em torno de uma semana atendemos aos pedidos”.
Diagnóstico
O documento oficial contendo o diagnóstico da arborização de Toledo deve ser entregue nos próximos 20 a 30 dias. O engenheiro florestal disse que a partir do momento que o Município ter o documento vai realizar uma audiência pública para apresentar os resultados a população. “Acredito que nos próximos dois meses teremos uma posição do que vai acontecer com a arborização de Toledo”.
Oliveira explicou que a empresa responsável pela realização do diagnóstico fez um levantamento – por meio de amostragem – de 23 pontos no Município (sede) por meio de sorteio, em um espaço físico de 300 metros por 300 metros. Neste quadrado foi realizado o levantado 100% em termos de arborização.

Por Graciela Souza

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