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POLÍTICA

Welter assume na ALP e Toledo ganha 2º deputado estadual

Resgatando na memória, no último dia 3 de outubro Toledo lamentava o fato de não ter eleito nenhum deputado estadual depois de contar com duas vagas na Assembleia Legislativa, mas como na política nada é definitivo, menos de três  meses depois há garantias a partir da diplomação do judiciário, de que os acentos voltarão a ser ocupados pelos mesmos legisladores. Duílio Genari (PP) e Elton Welter (PT). Ambos devem tomar posse em 1º de fevereiro, quando expira os mandatos da atual legislatura.

27/12/2010 - 11:18


A segunda vaga foi confirmada há poucos dias quando o governador eleito, Beto Richa, anunciou o nome do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) como secretário de Estado de Emprego, Trabalho e Promoção Social. Como Welter pertenceu à coligação de Romanelli e era o primeiro suplente, automaticamente seu nome subiu na lista.
Mesmo sendo considerado de um partido de oposição, o deputado peemedebista foi convidado a assumir a pasta pelo tucano Beto Richa. De certo modo, considera-se que foi uma decisão tucana quem colocou Welter novamente na ALP e questionado pela reportagem da Casa de Notícias se não se sentia numa posição desconfortável, o toledano afirmou que não e disse que assuem para fazer oposição ao governo do PSDB. “Conhecendo o processo político brasileiro e como alguns partidos agem depois das eleições, não há nenhuma novidade de um partido perder e fazer parte do governo. Vou fazer parte da bancada do PT que vai fazer oposição ao governo de Beto Richa, mas será uma oposição qualificada, com cobranças no sentido de compromissos de campanha, mediar grandes causas. Não vamos fazer oposição burra, mas sugestão alternativa de como poderiam ser resolvidos os problemas”, considerou.

 

Outros planos


Welter que esteve nesta manhã na redação da Casa, disse com exclusividade que já estava conformado com a suplência e que seu nome estava sendo cotado para assumir o comando de uma repartição pública administrada pelo governo federal. “Quando o Romanelli assumiu me coloquei à disposição da direção do partido dizendo que se fosse preciso eu renunciaria, mas no entendimento do grupo o melhor que tinha a fazer era assumir”, reforçou.
Neste momento, o deputado trabalha na reestruturação de seu gabinete, o que inclui algumas mudanças e alterações de nomes do grupo que o assessora. “Quero fazer isso com muita calma e se for preciso vai levar o mês de janeiro e fevereiro”, considerou lembrando que alguns nomes femininos já foram cotados.
Mesclado a isso, Welter disse que quer ouvir as entidades de classe de todo o estado, principalmente a de trabalhadores, para saber quais são seus anseios quanto ao seu mandato. “Isso também vale para Toledo, quero ouvir a ATI [Associação Toledana de Imprensa] e saber o que a entidade espera de mim”, considerou.

Mandato = partido x coligação

Ainda sob o impasse de quem realmente pertence o mandato, se ao partido ou à coligação, Duílio e Welter vivem hoje o mesmo drama e caberá ao judiciário resolver isso. Em ambos os casos, deputados de outros partidos que não o deles foram chamados para compor a base administrativa do próximo governo. “Não acredito que haja mudança nisso porque este mesmo judiciário foi quem nos diplomou deputados, mas caberá no meu caso ao PMDB ir à justiça recorrer à vaga se achar necessário”, reforçou. No caso de Duílio, o deputado que deixará o cargo é Durval Amaral (DEM) que vai assumir a chefia da Casa Civil.
“Estou muito tranqüilo quanto a isso até porque os eleitos foram graças às alianças {coligações} não aos partidos, não houve renuncia nem caso de infidelidade partidária, por isso acredito que tudo permaneça como está”, alertou.
Mas foi esta mesma aliança que exigiu mais de Welter. Na eleição passada, ele fez 27.549 votos e conseguiu se eleger, desta vez foram 41.918 e fez com que permanecesse na suplência. “Por isso acredito ser uma liderança política em ascendência que poderá ajudar muito Toledo e região”, reformou.

Quero ser prefeito, mas não é uma obsessão

Sobre os projetos políticos para 2012, o deputado diz que o momento de pensar nele é agora. “vou trabalhar firme na consolidação de uma proposta viável e de oposição para Toledo e na junção de partidos para esta frente de oposição (...) internamente quero me dedicar no fortalecimento do PT e na construção de uma excelente chapa de vereadores”, disse.
Quando a pergunta é se tem desejo de ser prefeito de Toledo, Welter diz que sim, ma que não encara isso de uma forma obsessiva, considerando que vai analisar dados qualitativos e quantitativos para colocar seu nome à disposição nas próximas eleições. Tudo isso, segundo ele, em nome de um projeto político alternativo. “Neste momento os esforços serão na união do grupo de partidos da oposição e particularmente gostaria que isso á estivesse definido em setembro de 2011”, destacou. “Para a região quero ajudar no que for estratégico estimulando candidaturas próprias ou alianças com parceiros leais para o futuro”, concluiu.

Por Juliet Manfrin


 

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