A Caravana da Anistia também trará a Curitiba requerimentos de reparação a paranaenses perseguidos no passado, que ainda não receberam do Estado o devido pedido de desculpas.
Segundo Abrão, que também é presidente da Comissão Nacional de Anistia do Ministério da Justiça, existem na entidade 70 mil requerimentos cujos autores relatam violações como torturas, prisões arbitrárias e monitoramento ilegal, entre outras. “Esse conjunto não representa a totalidade da violência ditatorial, porque muitas pessoas ainda não superaram o medo e o trauma de se apresentarem perante o Estado. Estamos superando essa cultura autoritária”, afirmou.
Ele disse ser fundamental que as instituições do Estado e da sociedade civil unam forças para o enfrentamento deste legado de violência e violações aos direitos humanos no País. “A ideia de resgatar, a partir do exercício da memória, a dignidade dos que foram perseguidos, e apontar para o futuro a não repetição desses erros, está no campo de aprofundamento da nossa democracia”, afirmou o secretário.
A secretária Maria Tereza Uille Gomes lembrou que o Paraná foi o primeiro estado a abrir os arquivos públicos e a criar uma lei para indenizar ex-presos políticos ou respectivas famílias. A Lei 11.255, de 21 de dezembro de 1995, que está em vigor e serviu de exemplo para vários estados brasileiros, foi proposta pelo atual governador do Paraná, Beto Richa, quando era deputado estadual.
COMISSÃO ESTADUAL
Existe a ideia da criação no Paraná, da Comissão Estadual da Verdade. A ideia é que o grupo atue em conjunto com o Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça, apoiando o trabalho da Comissão Nacional da Verdade.
A proposta da criação da Comissão Estadual será levada pela secretária Maria Tereza ao governador Beto Richa, para posterior encaminhamento à Assembleia Legislativa do Paraná.
Da AE Notícias
GERAL
Caravana da Anistia vem ao Paraná em outubro
A Caravana da Anistia estará em Curitiba nos dias 25 e 26 de outubro, para mapear locais relacionados à violação de direitos humanos no passado e identificar pessoas que merecem homenagem por sua luta pela liberdade. A Comissão Nacional, instalada neste mês pela presidente Dilma Roussef, é composta por sete integrantes e terá prazo de dois anos para apurar violações aos direitos humanos ocorridas no período entre 1946 e 1988, que inclui a ditadura militar (1964-1985).
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