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GERAL

Grupo vai acompanhar pedidos de uso de fumacê contra a dengue

Um grupo constituído por integrantes do Comitê Gestor Intersetorial para o Controle da Dengue será destacado para avaliar cada caso de solicitação de uso de inseticidas no combate à dengue no Paraná. A decisão foi tomada durante a reunião mensal do comitê, que aconteceu segunda-feira (28), em Curitiba. As regionais de saúde darão apoio ao grupo prestando informações acerca do monitoramento feito nas cidades solicitantes.

29/05/2012 - 17:14


Desde janeiro, a Secretaria de Estado da Saúde exige que os municípios assinem um termo de solicitação de serviços de UBV costal e pesado (fumacê), no qual deve constar a justificativa do pedido. As autorizações para uso de inseticida são informadas pela secretaria ao Ministério Público do Estado.
Agora, atendendo a uma sugestão da promotora de Proteção à Saúde Pública de Curitiba, Fernanda Garcez – que integra o comitê da dengue –, a intenção é apresentar um documento mais detalhados, contendo um parecer técnico sobre a situação do município solicitante.
“O Ministério Público tem que ser municiado para acompanhar a atuação desses municípios. As falhas e motivos que levaram ao uso desse recurso devem ficar claros, pois os gestores serão responsabilizados caso haja desídia [negligência]”, explicou a promotora.
De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde da secretaroa, Sezifredo Paz, a liberação do fumacê está condicionada ao compromisso dos municípios de intensificar o trabalho de eliminação manual dos criadouros e das larvas. “A aplicação do inseticida não deve ser vista como a solução de todos os problemas da dengue. O fumacê é uma ação importante para conter o avanço rápido da doença, mas é um trabalho complementar, pois só elimina parte dos mosquitos adultos”, disse.
As larvas do Aedes aegypti se transformam no mosquito depois de uma semana. Este é o momento em que as equipes municipais de saúde devem reforçar as visitas às residências e estabelecimentos, eliminar os criadouros, ovos e larvas encontradas e evitar que novos mosquitos adultos apareçam.

AÇÕES – O município de Francisco Beltrão passou por uma epidemia de dengue neste semestre. Foram mais de 1.164 notificações de casos suspeitos somente neste ano. Nunca houve registro de tantos casos de dengue na região. A situação epidêmica pegou o município de surpresa, segundo a secretária municipal da Saúde de Francisco Beltrão, Cíntia Ramos.
“A dengue se concentrou em quatro bairros e a maior parte dos criadouros encontrados eram simples depósitos, como copos plásticos, garrafas pet e outros objetos jogados nos quintais. Por isso a mobilização da comunidade era essencial para diminuir o número de focos do mosquito”, explicou Cíntia.
Em apoio ao município, o Estado realizou nove ciclos de aplicação de UBV nos bairros críticos e mais cinco ciclos em todos os outros bairros da cidade. Aliado a isso, Francisco Beltrão promoveu diversos mutirões de limpeza para conscientizar a população e eliminar focos de terrenos baldios, ruas, casas e comércio.
De acordo com Cíntia Ramos, as orientações do Estado e do Ministério Público possibilitaram que o município não registrasse nenhuma morte ou caso grave por dengue. “Logo que os números começaram a nos colocar em situação de alerta, recebemos uma série de recomendações desses dois órgãos para melhorar a assistência e a vigilância dos casos. Preparamos os serviços de saúde e os profissionais para ter maior atenção em relação à doença”, ressaltou.
Francisco Beltrão já não registra casos de dengue há duas semanas, mas o município continua em alerta. Capacitações estão previstas para os próximos meses visando a integração entre agentes comunitários de saúde e agentes de endemias, medida preconizada pelo Ministério da Saúde.

LIXÕES - A reunião do Comitê Gestor também contou com uma apresentação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) sobre a fiscalização de aterros sanitários no Paraná. O relatório foi encaminhado ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que agora poderá elaborar um plano de ação para sanar as deficiências encontradas.
O levantamento do TCE-PR apontou que 65% dos aterros sanitários no Paraná são clandestinos. “Quarenta e três por cento sequer têm licença sanitária e 22% estão com o documento vencido”, enfatizou o auditor do TCE-PR, André Menezes.

NÚMEROS – De agosto de 2011 até esta segunda-feira (28), o Paraná confirmou 2.056 casos de dengue. Foram registrados 1.857 casos autóctones (onde a infecção ocorreu dentro do Estado) e 199 importados. Ao todo foram 12 casos graves e uma morte.
Nas últimas semanas a morte de uma jovem na região de Toledo foi divulgada pela imprensa local como causada por dengue. No entanto, essa hipótese foi descartada após exames laboratoriais. Outras causas ainda estão sendo investigadas.
No período, Francisco Beltrão foi o município que confirmou o maior número de casos autóctones (514)
Grupo , seguido de Jaguapitã (246), Alto Piquiri (150), Toledo (136), Foz do Iguaçu (111) e Diamante do Norte (81).

Da AE Notícias

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