A diretora da Vigilância Sanitária, Luciane Raquel Gromowski, afirmou que este resultado é um alívio, após dias de angústia de toda a equipe. “Foram dias intensos de investigação, nos quais as equipes da vigilância epidemiológica e endemias buscaram amostras do material de sangue da adolescente. Apesar deste resultado negativo devemos ficar atentos ao problema da dengue, a qual deve ser combatida todos os dias. Não é porque estamos em um período mais frio que podemos relaxar, porque o mosquito da dengue não morre com o frio. Nós devemos cuidar da nossa casa, do quintal, da empresa, do Município, porque nós podemos ter uma dengue hemorrágica a qualquer momento”.
A enfermeira do setor de Epidemiologia, Carmem Garbin, destacou que quando a sua equipe teve o conhecimento da suspeita – embora a equipe médica (em momento algum) afirmou ser esta doença – buscou-se investigar a doença. “A adolescente apresentou sintomas semelhantes a de uma dengue hemorrágica, como: febre alta, queixas de dor de cabeça, cefaleia e dor muscular. São sintomas que levam a pensar que trata-se de uma dengue, por termos foco do mosquito em Toledo”.
Carmem relatou que é um procedimento normal da vigilância epidemiológica investigar outras doenças que tenham sintomas semelhantes, tais como, leptospirose, febre amarela e hantavirose. “Quando há um caso de óbito que leva suspeita de dengue é um procedimento normal investigar as outras doenças. Pela situação epidemiológica acredito que o resultado destas outras doenças também serão negativas, porém hoje só posso afirmar que dengue hemorrágica foi descartada”.
A enfermeira ainda comentou que apesar deste resultado ser negativo, os profissionais de saúde juntamente com a população devem se preocupar com a saúde pública. “Nós sabemos que a dengue é um problema de saúde pública e devemos combatê-la. Existe uma rotina de trabalho a qual deverá ter continuidade”.
Carmem disse que o Município de Toledo possui um documento chamado de Plano de Contingência, o qual contempla a conduta do profissional de saúde de Toledo com relação a algum caso de suspeita de dengue. “O plano foi reconstruindo em dezembro do ano passado juntamente com todos os técnicos de saúde. Em janeiro deste ano, cada técnico repassou para suas unidades o documento. A ação está documentada em ata para termos a ciência que o plano é conhecimento de todos os profissionais de saúde do Município”.
O diretor do Controle à Dengue no município, Selidio Schmidt, lembrou que nenhum caso da doença havia sido registrado em 2012 em Vila Nova. No entanto, esta realidade não se repete no Jardim Porto Alegre, pois este bairro é a região mais infectada pelo mosquito. “Até este momento foram registrados no Município 144 casos de dengue, sendo 138 autóctones e 6 importados. Nós iremos priorizar os locais em que há mais casos confirmados do mosquito da dengue para realizarmos ações nestes locais. O que estamos tento é uma pendência de vistoria. Os agentes se deparam com muitos imóveis fechados em horário comercial. Não podemos entrar sem a autorização do proprietário. É uma situação delicada. Pretendemos fazer uma reunião com profissionais de saúde para traçar estratégias para o inverno”.
A secretária de saúde, Begair Salete Ruthes, salientou que a Secretaria e demais setores estão sempre vigilantes com relação aos casos suspeitos de dengue em Toledo. “A dengue é uma preocupação grande e não podemos ficar esperando para tomar algum tipo de providência a partir somente de uma morte. A equipe de agentes está multando os proprietários, entretanto, parece que somente esta ação não o suficiente, pois parece que a população não está se conscientizando...Não podemos deixar a dengue tomar conta”.
Ela enfatizou que a população acredita que dengue é somente problema de saúde pública, mas isto é uma inverdade. “O problema é nosso. Nós devemos tentar controlar e baixar estes índices”.
SAÚDE
Caso de dengue hemorrágica é descartado, mas segue o alerta para prevenção
Na semana passada faleceu uma adolescente de 15 anos com suspeita de dengue hemorrágica. A moça – que residia no distrito de Vila Nova – deu entrada em um hospital de Toledo apresentando sintomas de uma suposta dengue e, posteriormente, um quadro de hemorragia. Diante disso, o setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Toledo coletou amostras de sangue da adolescente e as encaminhou para o Laboratório Central do Estado (Lacen), em Curitiba. Nesta terça-feira (29) o resultado do exame foi divulgado – em entrevista coletiva a imprensa – descartou-se dengue hemorrágica. Contudo, o Lacen continua a investigação das outras supostas doenças: leptospirose, febre amarela e hantavirose.
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