O presidente do Sindicato, Amauri Link apresentou a Denise e a Begair as reivindicações dos servidores e abriu para que os mesmos apresentassem suas insatisfações com a nova escala, que previa turnos quebrados como: das 6h às 12h, uma hora de intervalo e retomava das 13h até as 15h; outro das 11h até 17h, uma hora de intervalo, retornando às 18h até as 20h e das 14h às 20h, uma hora de intervalo, com retorno às 21h até as 23h. “Os motoristas sentem-se desprestigiados pela administração municipal que tem usado critérios subjetivos, principalmente para escalas de viagem, sem contar que a administração chegou a cortar o valor das diárias somente dos motoristas em 1/3, além de não promover a alteração no Plano de Carreira”, relatou Link.
A questão salarial é outro problema apresentado pelos servidores. “Um motorista em início de carreira ganha R$ 749, e o ganho médio em torno de R$ 900. Os salários são baixos pelo tamanho da responsabilidade destes profissionais. As horas-extras complementavam os salários em R$ 300 a R$ 400. A maioria dos salários dos servidores municipais está defasada. Esta situação se repete com outras categorias. As horas extras complementam os salários dos servidores de forma injusta e que não deveria acontecer. A remuneração do servidor deve ser com um salário digno”.
Um servidor manifestou sua insatisfação. “Não dá para entender porque a economia tem que vir dos salários dos motoristas, enquanto isso ficam colocando estátua em todos os cantos”.
A então secretária de saúde, Begair Salete Ruthes, explicou que com esta nova escala os motoristas fariam menos horas-extras. “Eles acharam que iriam perder. Claro quando se está acostumado a fazer horas e de repente tem que mudar escalas vai gerar algumas discussões. A administração não pode pagar muita hora, porque por Lei não é viável”.
Ficou pactuado entre Servidores, Sindicado e as ex-secretárias a suspensão da escala que provocou a reunião e os servidores vão elaborar uma escala como contraproposta que será analisada pela administração e posteriormente discutida em Fórum composto pelas duas partes. Segundo Link, a classe pretende fazer uma discussão baseada em critérios e objetivos. “Esquecendo a subjetividade, eventuais perseguições, fazendo com que o serviço funcione e atenda aos interesses da população e também aos servidores”.
Neste sábado (02) será realizada uma reunião com a categoria para elaborar uma nova proposta, a qual deve ser entregue a administração até a próxima semana.
A secretária de saúde, Begair Salete Ruthes, alerta que a proposta deve ser justa para o profissional e também para a administração. “Aceitaremos o que for justo e correto para todos. Tem propostas que devemos analisar os dois lados: administração e servidor”.
Begair concluiu que a Secretaria fará um estudo juntamente com a administração para tentar acertar os pontos que ainda estão falhos.
Por Selma Becker