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GERAL

Welter recebe suinocultores e discute produção e competitividade

Uma reunião na manhã de quarta-feira (06) em Curitiba reuniu representantes da Associação Paranaense de Suinocultores (APS).  Na pauta estava a discussão de medidas que possam auxiliar e fomentar a prática sustentável da produção independente.  A diminuição do ICMS realizada em Santa Catarina e a redução do preço da carne para exportação para outros estados castigam o setor.   

06/06/2012 - 11:36


Outra situação que preocupa os produtores é a livre entrada dos suínos provenientes de Santa Catarina, ação facilitada pelo status de livre da febre aftosa sem vacinação. Com condições desiguais de competição, os produtores paranaenses enfrentam um mercado flutuante e sem regras claras.  
De acordo com dados da Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural), a Agricultura Familiar do Paraná conta com 310 mil produtores, 30 mil são suinocultores. Entre os produtores de suínos, oito mil trabalham com o sistema de integração e 22 mil produzem de forma independentes.  
Diferente do que ocorre na suinocultura integrada, na forma independente o produtor é responsável por todas as etapas da produção e destinação do produto.  Nesse caso, o risco da flutuação do mercado e a guerra fiscal praticada por outros estados afeta diretamente a cadeia produtiva. 
O presidente da APS, Carlos Francisco Gesdorf, afirma que no Paraná existem 60 frigoríficos independentes que abatem juntos cerca de 50 mil suínos por semana.  “Os produtos são industrializados nesses locais gerando emprego e renda. Os momentos atípicos enfrentados pelos independentes podem contribuir para que esse setor tenha perdas, inclusive com a possibilidade de um encolhimento expressivo desse grupo”, analisa. 
O presidente da Regional Sul da APS, Luis Bisewski, afirma que o setor precisa de políticas continuas e de leis que possam ofertar melhores condições para os produtores independentes. “Discutir as propostas com os setores envolvidos é o caminho que pretendemos trilhar. Na pauta constam itens imprescindíveis como a regulação do mercado, tanto dos insumos quanto da própria carne produzida”, destaca, ressaltando que ótimas iniciativas já foram propostas para que esse objetivo fosse alcançado. 
REPRESENTATIVIDADE - O fortalecimento da representatividade do setor foi defendido pelo chefe da área de carnes da Emater, Remi José Esterzelecki. “O diálogo precisa ser amplo e ter propostas resolutivas para o setor. O planejamento estratégico é indispensável e o envolvimento de todos os setores precisam se consolidar e buscar mais força para uma cadeia de produção tão importante”, comenta. 
O deputado estadual Elton Welter, presidente do Bloco da Agricultura Familiar, observou que próprio consumo da carne suína precisa ser incentivado. “Agregar valor a nossa produção e fomentar o consumo é uma forma direta de auxílio, mas muito pode ser feito através da criação de leis que possam dar condição de igualdade e competição para os nossos produtores”, afirma, destacando que o financiamento de todas as etapas da produção pode ser uma boa iniciativa.
Uma reunião com os órgãos ligados ao setor está marcada para a próxima segunda-feira (11). De acordo com o deputado Elton Welter, “esse deve ser o primeiro passo para que o setor se fortaleça ainda mais e articule propostas que possam se tornar leis, colaborando com o desenvolvimento da cadeia produtiva independente.”


Edna Nunes

Assessoria de Comunicação  

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