De acordo com a pedagoga Mônica Maria Rodrigues, responsável pela Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental no NRE Toledo, os encontros foram uma oportunidade de discutir os pontos positivos e negativos desta transição, incluindo os índices de aprovação e reprovação, bem como a análise do currículo em ambas as séries.
Ela aponta algumas das reflexões propostas: “Analisando as estatísticas, observamos que o índice de aprovação nos anos iniciais do Ensino Fundamental é alto, mas no 6º ano esse índice cai. Porque isso acontece? Será que o aluno chega sem os pré requisitos necessários para os conteúdos pertinentes ao sexto ano? Ou será que no sexto ano não está sendo desenvolvida uma metodologia, um acompanhamento pedagógico que vise a fase que este aluno está passando?”, questiona Mônica.
Segundo a pedagoga, os alunos de ambas as séries tem entre 10 e 12 anos, uma idade marcada pelos conflitos da pré-adolescência e da puberdade. “Esse aluno sai de uma escola onde ele era o aluno mais velho, onde ele era a liderança, o ponto de referência para os mais novos e passa para a rede estadual onde ele volta a ser o mais novo, o “bebê”. E nós estamos refletindo sobre o que a escola pode fazer para amenizar esses conflitos emocionais e biológicos, por que isso vai refletir no aprendizado do aluno”, conclui.
Para a coordenadora da Escola Municipal Alberto Santos Dumont, Marineide Aram Giacomin, a iniciativa de reunir pedagogos e coordenadores é importante. “A gente percebe que essa transição é bem complicada para o aluno e para os professores também, e isso gera uma gama de situações, então essa discussão está sendo muito pertinente”, opinou.
Opinião compartilhada pela pedagoga Dianete Ragazan, que trabalha no Colégio Estadual Senador Attílio Fontana. “Nós temos que consolidar esse diálogo entre as escolas, para que essa melhora de fato aconteça. Essa discussão é uma reivindicação dos professores, desde a implantação do Ensino Fundamental de nove anos”, ressalta a pedagoga. Ela afirma que essa é a primeira vez que as escolas da rede estadual e municipal se reúnem para discutir o tema. “Nós já mantínhamos esse diálogo com as coordenações e direções das escolas vizinhas, mas de forma meio tímida, mais informal”.
Os encontros de articulação entre 5os e 6os anos do Ensino Fundamental serão realizados em quatro pólos, reunindo os dezesseis municípios do Núcleo Regional de Educação. Na semana passada foram atendidos os pólos de Marechal Cândido Rondon, Santa Helena e Toledo. Nesta semana será realizado o último encontro, em Palotina, na sexta-feira, 15.
Da Assessoria
GERAL
Educadores discutem articulação entre rede Municipal e Estadual de Ensino
A Coordenação de Gestão Escolar (CGE) do Núcleo Regional de Educação de Toledo realizou na última semana uma série de encontros entre pedagogos da rede estadual e coordenadores da rede municipal de ensino. O objetivo foi discutir a transição dos alunos dos 5os para os 6os anos do Ensino Fundamental. Mais de 150 educadores já participaram. Foi a primeira vez que se promoveu um diálogo entre ambas as redes sobre o tema.
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