Segundo os servidores, conforme definido na última reunião a Comissão vinha trabalhando numa contraproposta, e na segunda-feira (18) esta Comissão faria o fechamento e apresentaria a Secretaria. “O responsável levou trinta dias para elaborar uma Escala, não tínhamos como apresentar outra no dia seguinte. Foi preciso um levantamento dos problemas, quais os critérios objetivos e subjetivos que estavam colocados na Escala, para chegarmos a uma proposta. Ontem (segunda-feira,11), liguei para o responsável José Noronha Rodrigues, para comunicá-lo que a Comissão tinha uma proposta que seria fechada e apresentada a Administração na próxima segunda, ele me respondeu que tinha recebido ordens para fazer valer a escala e que o assunto não era mais com ele, sendo que tínhamos combinado que a Escala deles ficaria suspensa até fecharmos um acordo. Romperam com o diálogo e para nossa surpresa hoje, o que não é comum, a escala de trabalho foi publicada em Diário Oficial”, explicou Amauri Link.
A comissão apontou algumas questões as quais eles consideram fundamentais para a escala seguir critérios objetivos. “A administração Pública deve ser conduzida por critérios objetivos, por isso precisamos que as agendas de viagens sejam melhor organizadas, que o coordenador da escala tenha autonomia e assim poder seguir critérios objetivos e não por indicação subjetiva; queremos que o rodízio de viagens seja feito entre todos os motoristas da Saúde; é preciso mais uma dupla de motoristas para as viagens a Cascavel; a escalas de trabalho tanto da carga horária normal dos motoristas, quanto a tabela de viagens deve seguir critérios objetivos”, defendeu Moacir Guerreiro Campos.
O servidor argumentou que a falta de organização da agenda de viagens põe em risco a segurança do motorista e também dos pacientes que estão sendo transportados. “A falta de organização acarreta numa sobrecarga dos motoristas, que muitas vezes depois de dirigirem oito horas são escalados para fazer uma viagem a Curitiba, por exemplo, ou seja, são muitas horas ao volante o que é um risco não só para o motorista, mas a população que transportamos que precisa de atendimento e acaba ficando numa situação de risco”, argumentou Campos.
Outro problema apresentado pelo servidor esta relacionado às diárias para viagens. “Quando um motorista é escalado só recebe as diárias quando retorna, ou seja, se ele estiver sem dinheiro pode ficar sem comer, sem dormir numa viagem e ainda, se furar um pneu paga o conserto como? Abastece como?”, questionou Campos.
No Diário Oficial de terça-feira (12), quem assina a publicação da Escala é a nova secretária de Saúde, Noeli Salete Fornari Borges Carvalho. A reportagem ligou para o celular corporativo destinado a Secretária, mas ela não atendeu, em seguida ligou para o seu telefone pessoal e ele declarou que a secretaria aguardou uma contraproposta que não chegou até eles, mas que não poderia declarar mais nada, pois assumiu a Secretaria recentemente e não participou das negociações e que conversaria com o responsável e retornaria a ligação. A reportagem insistiu para falar com o responsável, mas Noeli disse que ela mesma retornaria a ligação, o que não aconteceu até o encerramento da matéria.
Os servidores se reúnem, nesta quarta-feira, para definir um cronograma de mobilizações e repassarem as orientações jurídicas.
Por Selma Becker
