Através de um projeto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em parceria com a prefeitura de Toledo, a refeição produzida para as crianças das escolas municipais de Toledo passará a contar com a carne branca, oferecida mais vezes ao ano. Durante o encontro, Vanzzo destacou o interesse do prefeito na inserção do o peixe na merenda escolar. “Esta era uma proposta de governo, visando uma alimentação saudável e de qualidade, além do incentivo ao aumento da produção de peixes”, explicou o secretário.
Para a nutricionista Janaína Locatelli Pereira, responsável pela merenda produzida na Cozinha Social, o peixe é uma proteína muito rica, não são para as crianças. “O peixe é uma carne com pouca gordura. Hoje cada vez mais se ouve que devemos consumir menos carne vermelha. O peixe deveria ser mais frenquente na mesa das pessoas”, aponta. “Com o peixe na merenda escolar, a criança leva a ideia para casa. Seria um incentivo ao consumo, através da merenda. Isso ajudaria a mudar os hábitos da alimentação”, ressalta a nutricionista.
Visita - Os responsáveis pelo Gemaq visitaram a Cozinha Social. No local será instalado um equipamento para separar a carne de peixe do espinho. A polpa de peixe será utilizada na produção da merenda, por ser mais segura, sem o risco de espinhos para as crianças. O líder do grupo, Aldi Feiden, coordenador do mestrado de Engenharia de Pesca da Unioeste, informa que a Unioeste está auxiliando no processo através do controle de qualidade dos alimentos, treinamento de pessoal e desenvolvimento de produtos. O projeto visa fortalecer os produtores e oferecer um alimento mais rico às crianças.
“Toledo possui a maior produção industrial de peixe no Brasil. São 65 toneladas de carne abatidas por dia, em sete frigoríficos. Com isso, o peixe torna-se o terceiro maior abate no município, atrás de frangos e suínos”, informa Feiden.
Estrutura – Na visita à Cozinha Social foi constatada a necessidade de novos equipamentos, infraestrutura e treinamento dos servidores. De acordo com o secretário de Administração, o projeto para a compra dos equipamentos está sendo encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Anualmente, o Ministério disponibiliza o edital para requerimento para compra de equipamentos, melhorias e obras. São R$ 250 mil para obras e R$ 100 para equipamentos. “Do total de recursos, R$ 100 mil, serão para a compra dos equipamentos necessários para iniciar a produção”, explica Vanzzo. Segundo ele, se o projeto não for aprovado no MDS o município vai utilizar recursos próprios.
Encontro – Durante a reunião na prefeitura, os líderes do Gemaq também apresentaram a proposta de enlatamento do peixe, sendo o primeiro do país em água doce. A proposta prevê a implantação de uma unidade produtora e laboratórios para controle de qualidade. Hoje somente são vendidos enlatados de sardinha e atum. “O principal objetivo seria a durabilidade e a qualidade do produto. “A Universidade quer trabalhar e acreditamos muito no projeto”, disse Feiden.
“Toledo é referência no Brasil na produção de peixe e seríamos os primeiros a iniciar a produção de enlatados de peixe de água doce”, explicou Feiden. Hoje somente são vendidos enlatados de sardinhas e atum. “O principal objetivo seria a durabilidade e a qualidade do produto”, salientou o líder do Gemaq, apontando que a Unioeste conta com alguns trabalhos de conclusão de curso e mestrado sendo feitos na área.
Os trabalhos serão encaminhados ao prefeito de Toledo, onde numa próxima reunião será discutido a ideia.
Da Assessoria - Toledo
