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GERAL

Empresário de Toledo vai investir em projeto no Sudoeste do Estado

Um empresário de Toledo será o responsável por abater e industrializar o pescado do Frigorífico – Escola, de Nova Prata do Iguaçu. A empresa será responsável pelo abate de duas toneladas por dia, no entanto, o frigorífico tem estrutura para abater até cinco toneladas por dia. No ano, a produção de peixes nos tanques de terra e no reservatório pode totaliza 600 toneladas. Em cinco anos, a expectativa é expandir a industrialização dos produtos na região. O projeto é uma parceria entre o Consórcio do Pró-Caxias, a Cooperativa de Produtores de Peixe do Rio Iguaçu (Cooperçu) e a Prefeitura Municipal (responsável por fazer os trâmites burocráticos). A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, tem como papel auxiliar na organização da gestão da entidade.

16/06/2012 - 12:09


Nas próximas duas semanas haverá uma reunião entre a Cooperçu e a Prefeitura para finalizar os trâmites burocráticos e, posteriormente, iniciar o abate do pescado em meados de agosto.
O líder do Grupo de Estudos e Manejo na Aquicultura (GEMAq), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, Aldi Feiden, lembra que foi em 2003 que a Universidade idealizou a projeto de estabelecimento da piscicultura como atividade econômica na região. “A iniciativa proporciona o desenvolvimento de mais de 40 produtos a base de peixe. Os produtos serão colocados a disposição para o PNAE e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e, sem dúvida, na alimentação escolar”.
Feiden relata que três produtos já estão registrados no Sistema de Inspeção do Paraná e podem ser industrializados no Frigorífico-Escola. “Também estamos discutindo o registro de mais sete produtos, mas com uma nova marca que está sendo definida pelos conveniados. A Universidade desenvolve os produtos durante as disciplinas de Tecnologia do Pescado. Já foram desenvolvidos mais de 40 produtos, desde  espetinho, salsicha de peixe, linguiça até os doces, como cokies. Estes produtos estão prontos para serem comercializados por uma empresa que tenha interesse e nós podemos licenciá-los”.
Beneficiários
Feiden informa que o frigorífico-escola abrange nove municípios do baixo rio Iguaçu, quatro da margem esquerda do reservatório do Salto Caxias e cinco da margem direita. “A Cooperçu tem em torno de 150 associados, mas temos muitos produtores avulsos que não fazem parte da Cooperativa e podem ser beneficiados. Da Universidade estão envolvidos mais de 20 acadêmicos do curso de graduação e pós-graduação”.
Universidade
O papel da Universidade, segundo Feiden, é fazer o treinamento dos profissionais. “O compromisso que assumimos com o Conselho Pró-Caxias é auxiliar os funcionários, fazer um acompanhamento técnico para organizar a produção de pescado dos envolvidos. Em julho, os técnicos do GEMAq farão visitas aos produtores para conhecer a demanda dos peixes”.
Feiden disse que este tipo de ação contribui para a formação dos acadêmicos de Engenharia de Pesca e possibilita ao curso de mestrado a realização de pesquisas de desenvolvimento de produtos. “O curso tem sido destaque por deenvolver produtos para a merenda escolar. O frigorífico-escola é mais uma oportunidade de dividir o conhecimento gerado em Toledo”.
Sonho
O professor Aldi Feiden destaca que o Frigorífico-Escola é o resultado de um trabalho realizado há anos. “Hoje posso afirmar que a piscicultura do baixo Iguaçu não é somente um sonho. Hoje, um empresário de Toledo investe na produção do reservatório do Salto Caxias maior que no reservatório de Itaipu com duas associações vinculadas a Cooperçu e produzindo mais de 600 toneladas por ano em peixe em tanque-rede e escavados”.
Feiden acrescenta que o Frigorífico-Escola vai contribuir para o crescimento daquela região. “É uma questão de logística. Não era interessante aos produtores trazerem o seu peixe daquela região para ser abatido em um frigorífico de Toledo. Isto encarecia o produto. Como são pequenos produtores, muitas vezes, não fecha uma carga então tem preço diferenciado, eles são menos remunerados, o frigorífico-escola vai contribuir para o crescimento deles na região”.

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