Casa de not%c3%adcias   1144 x 150

GERAL

Tecnologia americana será aplicada em pesquisas da Unioeste

O professor Dr. John Jensen, da Universidade de Auburn, do Alabama, nos Estados Unidos (EUA) retornou para Toledo. Há pouco mais de dois meses, o professor Dr. Jensen ministrou uma palestra sobre as novas tecnologias, técnicas voltadas para a piscicultura e comentou sobre o mercado produtivo daquele País. Da palestra participaram acadêmicos do curso de Engenharia de Pesca, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, docentes, produtores e interessados pelo assunto. No evento, ele e uma equipe da empresa The Power House apresentaram os novos equipamentos, principalmente os aeradores. Após esta palestra, o grupo visitou algumas propriedades no Município e na região. Após as visitas, o grupo observou que Toledo e região são locais em que a piscicultura está em constante desenvolvimento. Nesta terça-feira (19), a empresa The Power House promoveu um Dia de Campo para a demonstração dos aeradores no Instituto de Pesquisa em Aquicultura Ambiental (InPAA).

19/06/2012 - 15:04


O professor Dr. John Jensen explica que este aerador funciona com o motor submerso, vedado e resfriado com óleo e água. “O motor possui duas hélices que jogam a água para cima (não muito alto), mas o suficiente para adicionar o oxigênio. Em um modelo convencional, as hélices são resfriados com o ar. O modelo desenvolvido pela The Power House, o resfriamento do motor é realizado por um óleo e pela água. Este aerador é mais leve e necessita de pouca manutenção. O equipamento possui garantia de dois anos, mas os resultados de pesquisas mostram que podem durar até 20 anos”.
Tecnologia
O professor Dr. John Jensen disse que a estrutura deste aerodor foi pesquisada e testada por engenheiros dos Estados Unidos. Atualmente, o equipamento é vendido nos Estados Unidos e no Canadá.
O presidente da empresa The Power House, John Blumenthal, lembra que o aerador - a princípio – foi idealizado para descongelar a superfície de algumas regiões durante o inverno. No entanto, com o passar do tempo percebeu-se que o equipamento poderia ser utilizado no verão (durante a produção) para evitar a morte dos peixes. “Em uma determinada época muitos peixes morreram - durante o seu desenvolvimento – por falta de oxigênio. Diante disso, utilizou-se o aerador como meio para levar mais oxigênio para o tanque e esta situação foi solucionada. Após isso, o equipamento foi aprimorado e o resultado foi demonstrado hoje”.
Após 30 anos de experiência nos Estados Unidos, o Dr. Jensen foi chamado pelo presidente da empresa para uma conversa com o objetivo de verificar se havia uma oportunidade do equipamento ser difundido no mercado global, no caso no Brasil. “Dois meses atrás e avaliamos a situação e observaramos que há oportunidade. Agora viemos para mostrar e vamos avaliar o custo para trazer para o Brasil, porque tem transporte e tributos, mas estamos entusiasmados com a recepção do equipamento”.
O presidente da empresa The Power House, John Blumenthal, afirma que o Brasil tem demanda e, por isso, o interesse de apresentar o equipamento no País. “Nós avaliamos a oportunidade em Toledo e percebemos que aqui é uma região potencial para o desenvolvimento da piscicultura. Queremos auxiliar no desenvolvimento da indústria do pescado, porque aqui há demanda e a previsão que a aquicultura se desenvolva ainda mais nos próximos anos”. Ele acrescenta que está em trâmite o processo de patenteamento desta tecnologia no Brasil.
Investimento
O professor Dr. John Jensen comenta que nos Estados Unidos este equipamento - com a potência de um cavalo - custa mil dólares. No Brasil, o aerador ainda não posui um valor estabelecido, devido o valor dos tributos.
O representante do equipamento no Brasil, André Campos, disse que o grupo vai avaliar e levantar o custo dos impostos e das taxas. Campos comenta que existe a possibilidade deste projeto se enquadrar no regime do ex-tarifário por ser uma nova tecnologia.

**Universidade**
O coordenador do Instituto de Pesquisa em Aquicultura Ambiental (InPAA), Robie Allan Bombardelli, avalia que é de suma importância os acadêmicos participarem deste tipo de evento, pois eles têm a oportunidade de conhecer novas tecnologias de equipamentos para a aquicultura. Além de apoiar novas tecnologias que possam ser implantadas no Brasil. “Também pensamos que no futuro pode ser firmado um convênio entre a Unioeste com as empresas e universidades estrangeiras, o qual possibilita ou aumenta os nossos horizontes em termos de desenvolvimento de pesquisas e ensino”. Bombardelli salienta que os produtores tendo conhecimento desta tecnologia pode melhor a atuação do setor produtivo.
Os aeradores demonstrados no Dia de Campo foram doados para a Unioeste e ficarão instalados nos tanques do InPAA.

C%c3%b3pia de web banner 550x250px