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GERAL

Defasagem de profissionais da assistência social faz categoria emitir um ofício ao MP

O número de assistentes sociais está defasado em Toledo, pois muitos dos profissionais que passaram no último concurso e foram chamados não assumiram a vaga. Outros assumiram a vaga, porém aguardavam o resultado de concursos e desistiram do cargo em Toledo. De acordo com a presidente da Associação dos Profissionais de Serviço Social de Toledo, Solange Silva dos Santos Fidelis, atualmente apenas 43 assistentes sociais prestam atendimento em diversas áreas no Poder Público Municipal. “Se pensarmos no porte do Município (120 mil habitantes) temos uma ampla demanda por assistente social”. Diante disso, a Associação – preocupada com esta situação – vai formatar um ofício solicitanto a abertura de um concurso público para a contratação de assistentes sociais. O documento deve ser entregue ao Ministério Público nesta sexta-feira, dia 29 de junho.

27/06/2012 - 14:28


A presidente da Associação, Solange Silva dos Santos Fidelis, comentou que há demanda em várias políticas, porém não houve a mobilização para abertura de um concurso público. “Dialogamos com alguns secretários para entender o motivo de não ter sido aberto o concurso, mas de nada adiantou. Infelizmente não houve vontade política, porque há conhecimento de que existe demanda”.
Solange exemplifica que na secretaria de assistência há diversos serviços na proteção básica no caráter de prevenção; na proteção especial de média e alta complexidade e violações de direitos. “Se há um assistente social para atender 200 pessoas que estão em violação de direito o próprio estado está violando um direito. Na secretaria de saúde, não há assistentes sociais nas Unidades Básicas de Saúde. Na secretaria de educação apenas um profissional realiza atendimentos para aproximadamente 34 escolas. Na habitação há somente um assistente social, o qual é responsável por analisar os projetos dos conjuntos habitacionais. São diversos os fatores para serem trabalhadas tanto na construção dos projetos; de pensar na condição que os projetos precisam ter para atender esta população; o acompanhamento desta população, porque eles mudam de local. Além da questão da adaptação física, porque muitas famílias têm idosos, cadeirantes, pessoas acamadas, enfim, é uma gama de ações que precisam ser realizadas por apenas um profissional em cada área”.
A presidente da Associação ainda acrescentou de que muitas diretrizes e legislações dão suporte para estes pedidos da Associação. “Eu sou assistente social que trabalha na política de assistência posso dizer que temos diversas diretrizes. A NOB-RH/SUAS aprovada em 2006 pelo Conselho Nacional estabele uma equipe mínima para assistentes sociais em CREAs e CRAS, entre outras”.
De acordo com Solange, a primeira intenção da categoria foi que a administração reconhecesse o interesse em realizar o concurso público, o que não aconteceu. “Este ano são realizadas as eleições municipais e, por isso, dificilmente os profissionais serão convocados. No entanto, se o concurso for realizado no próximo ano, até o prefeito tomar posse e conhecimento da situação; organizar os trâmites burocráticps para a efetivação de concurso teremos profissionais assumindo entre junho e julho de 2013. Então ficaremos um ano sem profissionais e, principalmente, tendo o conhecimento que temos colegas que estão para serem chamados em outros concursos”.

**A profissão**
A presidente da Associação dos Profissionais de Serviço Social de Toledo, Solange Silva dos Santos Fidelis, disse que a categoria precisa superar a compreensão de que o assistente social atende a população pobre. “O assistente social defende os direitos, sejam na política de assistência; na proteção básica atuando na prevenção; na proteção especial a condição que garante o direito é a sua violação; a questão de negligência; entre outras políticas”.
Solange enfatiza que uma das grandes habilidades da formação do assistente social é fazer a leitura da sociedade e realizar proposições para intervir na garantia de direitos. “É realizar projetos sociais, pois em qualquer secretaria que temos plenas condições de desenvolver um bom trabalho e o nosso foco é a garantia de direitos e o acesso a população aos direitos que o Estado deve ofertar através das várias políticas públicas”.

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