De acordo com o presidente do Sertoledo Amauri Link, a clareza de critérios quanto aos questionamentos levantados no documento é a forma de se evitar perseguições aos motoristas. Segundo Link, depois que alguns funcionários pediram que suas horas extras acumuladas fossem pagas pela secretaria, estes começaram a não ser chamados para fazer as viagens que rendem horas extras e por consequência um dinheiro a mais que os seus ordenados. Um motorista da secretaria de Saúde de Toledo recebe o salário inicial de R$ 749.
Quando questionado pela mesa do conselho se as queixas apresentadas estavam atrapalhando o atendimento junto a população o presidente do SerToledo exaltou a dedicação dos funcionários. "Aí temos que dar um voto de louvor aos motoristas que mesmo com todos os problemas não deixam de atender a população. Mas os motoristas são seres humanos e precisam que seus direitos sejam respeitados".
A ex-secretária garantiu que a secretária de Saúde não tem como aumentar o salário dos servidores. Disse ainda que hora extra não é para substituir salário, mas para compensar o motorista pelas eventuais horas trabalhadas a mais. "A hora-extra não é salário, é um extra. É um serviço extra que não deve ser a regra, deve ser a exceção". Liell também comentou que o número de 26 motoristas que possuí o quadro de motoristas da secretaria é suficiente para suprir a demanda. A ex-secretária alegou que a solicitação do sindicato só chegou a secretaria no último dia 22, e por isso a nova tabela não está pronta. "Vamos analisar a proposta do sindicato, tentar encaixar dentro do que o RH passou pra gente e chegar a uma solução", finaliza.
Por Maurício de Olinda