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EDUCAÇÃO

A escola não resolve o problema da educação sozinha. Ela faz parte de um grupo que deve agir em conformidade, afirma o Dr. Gasparin

O seminário “Uma didática para uma pedagogia histórico crítico” busca apresentar uma nova modalidade de processo pedagógico que envolva aspectos teóricos e metodológicos em sala de aula. O tema foi abordado pelo doutor em História e Filosofia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo, professor João Luiz Gasparin, para aproximadamente mil educadores da rede de ensino Municipal. Gasparin explica que a teoria é uma metodologia que exige estudo e pode gerar conhecimento. No entanto, o conhecimento não está somente na sala de aula, mas sim, nas vivências do cotidiano de cada pessoa. Para ele, a escola é reponsável por educar cienticamente e socialmente. Porém, Gasparin destaca que é uma ilusão acreditar que a escola resolve o problema da educação sozinha. Ele afirma que a escola faz parte de um grupo que deve agir em conformidade.

05/07/2012 - 15:10


Gasparin explica que o tema tem em suas bases o materialismo histórico-dialético a partir das concepções de Marx; da proposta histórico-cultural de Vigotski e os cinco passos da pedagogia histórico crítico de Saviani. “Tento fazer uma leitura dos autores e busco traduzir uma proposta para a sala de aula. É preciso adequar a leitura para os dias atuais. Desta forma, tornando viável e possível os conteúdos trabalhados pelos autores serem aplicados em classe na realidade das escolas municipais e estaduais”.
O professor explica que uma teoria que dá conta do processo pedagógico, não significa que ela vai resolver todos os problemas da escola. Para ele significa apenas que a teoria é uma boa metodologia, a qual exige estudo. “É um processo em que parte do conhecimento do aluno sobre o tema que será abordado em sala, o que ele domina, o que ele conhece na sua vida escolar e fora dela. O segundo momento é a teoria em si, o professor apresenta o conteúdo, seja de matemática, história, entre outros e o terceiro momento é a nova postura do estudante depois da aula do professor, ou seja, o que ele fará com este conhecimento”.
Para Gasparin, o conhecimento não está na sala de aula, e sim, na vida. “Ele entra para escola sob forma de regras, teorias, princípios, normas de fundamentos e conteúdos. Os conteúdos ao serem combinados ou constrastados com a prática adquirem um novo status que é uma nova prática social depois da aula do professor. Ela deve existir do princípio de ter aprendido um conteúdo, mas o aprender melhor pela parte teórica”.
Papel da escola
Ao ser questionado como a escola pode trabalhar com as diversas mídias virtuais, o doutor em História e Filosofia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo, professor João Luiz Gasparin, explicou que a função da escola não é ser um meio de comunicação de massa, mas sim, trabalhar o conteúdo científico e que ele possa ser divulgado nestes meios. “A função da escola não é concorrer com a mídia, mas sim, utilizar-se de seus recursos para que o aluno adquira o conhecimento científico de forma estruturada e organizada, de tal maneira que o aluno se apropriando deste conhecimento passe a utilizá-lo”.
Gasparin destacou que não é função da escola transformar o indivíduo, mas sim, acrescentar a dimensão científica, sistematizada do conhecimento e orientá-lo para o seu uso, uma vez que o conhecimento científico está em toda parte. “Todas as ferramentas existentes na sociedade - se possível - devem ser utilizadas na escola, porque pode acontecer que o aluno não tenha em si o objeto, mas tem o espírito desta ferramenta em seu cotidiano. Com isso, a professor deve mudar o método de trabalho e a escola deve ser capaz de interpretar e utilizar estes recursos para cumprir a sua função do trabalho científico”.
Para o educador, o conteúdo informa e forma. Diante disso, segundo ele, a escola educa cienticamente e socialmente. No entanto, Gasparin destaca que é uma ilusão acreditar que a escola resolve o problema de educação sozinha. “A escola é uma contribuinte para resolver o problema da educação e da sociedade, mas não é a única. Ela é uma das engrenagens sociais, as demais são: a família, a igreja, os sindicatos, os partidos políticos e as instituições jurídicas. O grupo deve se mover em consonância. Se as engrenagens se mexem ao mesmo tempo, a Escola não pode ficar parada, mas não é ela que decide tudo em um processo educacional”.

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