Eles têm ido mais ao ginecologista com as suas parceiras. É o que mostra avaliação da médica, Naura Tonin Angonese. Segundo análise realizada por ela nos últimos cinco anos, a presença masculina, junto de suas parceiras,nas consultas têm ocupado 5% da agenda. Estimativa que, anterior à este período, não chegava a 1%.
Enquanto que os adolescentes buscam orientações e respostas às suas dúvidas para o início das atividades sexuais, os adultos chegam até os consultórios em três momentos diferentes: caso haja algum problema na resposta de suas parceiras ao ato em si, no pré-natal e na menopausa.
A resposta delas
Para o homem, o orgasmo está presente em quase 100% das relações, nas mulheres os índices não ultrapassam os 70%. “E são nestes 30% que a pressão pode prejudicar um relacionamento. A mulher começa a se sentir obrigada a dar uma resposta”, observa a médica.
Conforme Naura, a ansiedade pelo retorno da parceira durante o ato sexual - que na cabeça deles pode estar relacionado diretamente ao desempenho masculino - faz com que a ala acompanhe as parceiras nas consultas ginecológicas. “Quando nós, ginecologistas, explicamos o processo fisiológico e a importância da excitação, do momento em si, eles passam a entender melhor suas parceiras”, complementa a médica.
O Pré-Natal
Por um período de até dois anos, a partir do momento que a mulher engravida, as relações sexuais dos casais tendem a mudar. “Isso é o que acontece na maioria dos casos. Os hormônios, mais uma vez, entram em cena”, afirma a médica.
Nos primeiros três meses de gestação, a produção de progesterona acelera e o estado de humor da mulher se altera. Comum que elas se tornem mais melancólicas. “É praticamente uma Tensão Pré Menstrual (TPM) prolongada. O mesmo pode ser visualizado durante o período pós parto”, compara Naura.
E não são somente elas que passam por mudanças, muitos homens também não se sentem confortáveis com a sexualidade. “Para alguns é como se estivessem invadindo um espaço da mãe e do bebê. Tem casais que mudam a sexualidade até dois anos depois que a criança nasce”, analisa a médica.
“O processo da gestação precisa ser visto com naturalidade. É possível contornar essa nova fase sem perder a intimidade do casal”, enfatiza Naura.
A menopausa
Na Menopausa - período em que a mulher rompe com a sua menstruação e as taxas de hormônios tendem a diminuir no organismo – a orientação médica ajuda a tornar os homens cúmplices de sua parceira e auxiliar nas decisões de como tratar este momento. “A sensibilidade delas aumenta com os tratamentos e as reposições hormonais e, geralmente nesta fase, os relacionamentos já são mais estáveis ajudando na cumplicidade do homem”,finaliza a médica, Naura Tonin.
Da assessoria
