O diretor avalia que os problemas relacionados à saúde fazem parte de uma cadeia que começa no Ministério de Saúde até os prestadores de serviço. “Eu já vivi isso muitas vezes. Você não pode deixar de atender porque é omissão de socorro, se atender, você não recebe ou pelo menos, fica por receber até que um dia alguém resolva”.
Seyboth disse que os problemas observados até o momento são relacionados a infraestrutura e o número de orientações e encaminhamentos realizados pela Promotoria Pública e eles estão na lista das demandas da Regional a serem apresentadas ao governador do Estado.
“O governador Beto Richa tem declarado que uma das prioridades dele é o atendimento a saúde e eu quero entender que o trabalho que vamos desenvolver daqui para frente é buscar soluções neste sentido, porque a Constituição diz: a saúde é um direito do povo e obrigação do Estado”.
Ele acrescenta que o que está na Constituição deve ser cumprido, mas adverte: “Nos dêem condições e isso depende daquela cadeia, do Ministério, da remuneração do SUS, tabela de procedimentos, tabelas de AIHs. Vamos ter controle, fiscalização do prestador de serviço para que se evite fraudes, cobranças indevidas, isto faz parte de uma série de ações que vamos buscar implementar”.
O diretor reconhece a necessidade de mais leitos de UTIs, mas afirma que a instalação destes leitos não é tão simples. “Os outros hospitais que temos na região não dispõem de condições e nem remuneração suficiente para instalação de UTIs. Temos a expectativa do Hospital Regional, mas isso deve levar mais dois ou três anos. Eu não tenho uma cartola que tira soluções mágicas, mas vamos conversar com os proprietários de hospitais, prefeitos e o secretário de Estado e com o governador, pois a nossa região é carente de leitos.
Seyboth lembra que se os recursos de saúde forem realocados para a Saúde é possível resolver parte dos problemas. “O outro governador destinava recursos da Saúde para o leite das crianças, para saneamento e quero crer que o governador Beto Richa não vai fazer isso. O governo anterior não aplicava os 12% que é exigência legal, se realocarmos estes 12% teremos outro panorama financeiro para a Saúde”.
Acompanhe a entrevista completa em vídeo aqui na Casa de Notícias.
Por Selma Becker