Ele citou que o Paraná ainda tem um número pequeno de Centros de Atenção Psicossocial (Caps), indicados para o atendimento ambulatorial de saúde mental, e que eles estão concentrados em poucas regiões. “A função do atendimento dos pacientes com transtornos mentais e drogadição ficou por muito tempo a cargo dos municípios, sem o apoio estadual, o que dificultou muito o encaminhamento de tratamentos”, explicou Caputo Neto.
Segundo ele, com o incremento de R$ 340 milhões ao orçamento da saúde neste ano já é possível mudar essa lógica. Os consórcios intermunicipais de saúde, que são responsáveis pela administração dos Caps, recebem a partir de agora recursos para equipamentos e custeio, o que vai ampliar a criação de novos centros.
PARCERIA – A secretária estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, explicou que o governo tem quatro linhas de atuação no combate às drogas – de prevenção, tratamento, repressão e empreendedorismo. “São ações que envolvem segurança, saúde, justiça, educação e ação social para conseguirmos melhores resultados junto à população”, afirmou. A secretária relatou pesquisa desenvolvida pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) que identifica a geração de renda como uma das formas de evitar o retorno às drogas. “Se damos o apoio ao jovem para ter trabalho e renda, além do apoio psicossocial, ele ficará longe das drogas”, disse Maria Tereza.
A representante da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, Mara Cristina Ferreira, disse que a secretaria tem desenvolvido ações concretas para garantir os direitos das famílias que têm pessoas com transtornos mentais com o apoio dos profissionais que atuam nos municípios.
HISTÓRIA – O Paraná tem 94 Caps, sendo 21 específicos para atendimento a pacientes dependentes de álcool e drogas. A criação dos Centros de Atenção Psicossocial faz parte da reforma psiquiátrica de 2001, e que deu prioridade ao atendimento ambulatorial, para evitar a institucionalização dos pacientes, que acabavam isolados da sociedade.
No ano passado, o governo do Estado assinou acordo com o Ministério Público Estadual para execução de um amplo projeto de saúde mental, extinguindo ação que corria desde 2003. O termo de ajustamento de conduta exigia a aplicação de R$ 14 milhões, referentes ao fechamento de leitos psiquiátricos, em novos Caps, Residências Terapêuticas, entre outros projetos de saúde mental.
A implantação da Rede de Saúde Mental e a criação dos Centros de Tratamento de Álcool e Drogas (Cetrads), fazem parte do acordo com o Ministério Público. O governo pretende implantar quatro Cetrads até 2014. O primeiro será instalado em Cascavel, onde já foi firmado acordo com a prefeitura para instalação em um antigo seminário adquirido pelo município e que está em reforma. Até o final deste ano deverá entrar em funcionamento para atender 43 municípios da região de Cascavel e Toledo. Os outros Cetrads serão instalados em Curitiba, Londrina e Maringá.
O 1.º Encontro Estadual de Saúde Mental precede o Encontro de Saúde Mental da Região Sul do Brasil que o Ministério da Saúde promoverá em agosto. O evento paranaense é promovido pela Secretaria da Saúde e pelo Comitê Gestor Intersecretarial de Saúde Mental, que envolve as secretarias da Saúde, Educação, Justiça e Família.
Da AE Notícias
GERAL
Encontro debate Rede de Saúde Mental do Paraná
Cerca de 500 pessoas participam nestas terça e quarta-feira (10 e 11) do 1.º Encontro Estadual de Saúde Mental do Paraná, em Curitiba. Profissionais das áreas da saúde, educação, assistência social e justiça debatem, no auditório do Colégio Estadual do Paraná, a implantação da Rede de Saúde Mental do Estado. “Essa rede é uma das prioridades do governo dentro da política estadual de saúde e tem o desafio de unir ações multidisciplinares para enfrentar a epidemia do crack e de outras drogas lícitas e ilícitas”, disse o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto.
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