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SAÚDE

Aporte financeiro é uma conquista, mas temos outros problemas a serem resolvidos, diz superintendente

A superintendente do HOESP, Michele Okano esteve na redação da Casa de Notícias, para falar sobre o recente acordo com o governo estadual, onde o Hospital receberá um aporte de R$60 mil além dos valores já repassados pelo Estado. Michele disse que na próxima semana viaja para Curitiba para assinar o contrato, tentar receber os débitos de mais de R$ 365 mil que ainda estão pendentes, solicitar credenciamento de novos leitos para UTI e o repasse de equipamentos.

07/01/2011 - 18:12


Michele disse que o Hospital Bom Jesus deseja ser parceiro do Estado. “O hospital está se colocando a disposição do Estado. Terceirizamos um serviço que foi de lavanderia e estou com um espaço físico disponível. Quero negociar novos equipamentos com o Estado para que eu possa abrir novos leitos. Estamos estudando novos projetos e analisando qual a maior demanda. Se o Estado entrar com os equipamentos de contrapartida, talvez nós - o Hospital - abriremos os novos leitos de UTI”.

A superintendente do HOESP lembra que o aporte financeiro do Estado ajuda, mas há outros problemas pendentes como o credenciamento da hemodinâmica e o problema da neurocirurgia. “Preciso trazer novos neurocirurgiões e pediatras que está difícil. Esta verba veio, é mais uma vitória, mais uma conquista, mas tem muitos problemas a serem resolvidos. Fico feliz, porque começamos o ano bem, mas aqui temos o pé no chão e pode ter certeza vamos continuar batalhando a cada dia, para conseguir uma nova vitória”.

Expectativa do encontro em Curitiba

Michele Okano comentou que  além de assinar o contrato com o Estado, em Curitiba, pretende discutir a dívida que o Estado tem para com o Hospital e apresentar os projetos da Instituição ao secretário de Estado da Saúde. “Se eu conseguir receber o que está atrasado, será um grande passo. Nós arcamos com todo o custo, o paciente precisou naquele momento e salvamos aquela vida, mas o Hospital também tem uma necessidade financeira, meus médicos querem receber, nossos fornecedores querem receber, e nós temos o compromisso financeiro com todos e ninguém gosta de ficar devendo. Para que tudo funcione, eu em primeiro lugar, gostaria de sanar estas dívidas e iniciar uma nova história com o novo Governo. Gostaria de solicitar mais equipamentos, principalmente, para as Unidades de Terapia Intensa (UTI), visto que nós contribuímos para que o Índice de Mortalidade seja baixo na nossa região, tantas vidas que temos salvados, tantos bebes da UTI neonatal, o trabalho maravilhoso do banco de leite que viemos desenvolvendo. Então gostaria de levar isso ao conhecimento do novo secretário de Saúde”.

Falta de Profissionais

Michele queixou-se da falta de profissionais disponíveis, em especial, na área da pediatria e neurocirurgia. “Muitas vezes não é porque não queremos pagar os plantonistas, não, não tem ninguém a disposição, eles estão atendendo em seus consultórios, estão dando plantão em outros hospitais, em outros serviços, a dificuldade é da própria especialidade. Se formos fazer um estudo, estão sobrando cadeiras de pediatrias nas residências e faltam alunos de fato que queiram se formar pediatras. Tenho entrado em contato com o Conselho Nacional de Medicina, mas não está fácil, a busca é incessante, mas não estamos conseguindo trazer novos profissionais”.

Pediatras

Apesar de Toledo ter um número significativo de pediatras, Michele afirma que a oferta está aquém da demanda. “Hoje somente o Hospital Bom Jesus consegue manter uma escala de plantonistas e mesmo assim temos dificuldades e muitas vezes, quando algum deles quer viajar é difícil, não tem alguém para cobrir um plantão e falamos que nós lidamos com seres humanos, todos tem direitos a férias, tem seus filhos que ficam doentes, tem famílias, como lidamos com tudo isso. A gente faz o nosso esforço máximo para que eles estejam disponíveis para atender a população”.

Hospital Regional

Sobre o Hospital Regional - HR, Michele Okano comentou que o governo do Estado teria assumido o compromisso que o HR não vai tirar o serviço do Hospital Bom Jesus. “Se ele (Hospital Regional) vier é para complementar o serviço. O que já está credenciado permanece. Então é assim, se vier para somar é muito bom para a população. A verba está liberada, mas até o hospital ser construindo é uma etapa, até começar a funcionar é outra etapa, a manutenção é outra etapa, mas respeitar os direitos humanos é a parte principal e manter isso eu quero ver acontecer. Até tudo isso acontecer, quero comemorar junto com a população para ter mais um serviço ofertado via SUS”.

Acompanhe a entrevista completa em vídeo logo mais.

Por Selma Becker

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