De acordo com a coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Arlene Badoch, o aumento se deve, em grande parte, à melhoria na captação e transporte dos órgãos, às constantes capacitações dos profissionais de saúde e ao trabalho desenvolvido pelas Comissões de Procura de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Copott). “As equipes estão descentralizadas e organizam a logística da procura de doadores na sua região de abrangência”. As comissões atuam na busca ativa de potenciais doadores, trabalhando sempre em parceria com as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT).
Outro fator que influencia no aumento das doações são as campanhas desenvolvidas pela Central, cujo objetivo é sensibilizar cada vez mais a sociedade sobre a importância da doação e a seriedade que envolve todas as ações. “Mostramos que o transplante é um processo transparente, gerenciado por órgão estadual, com critérios técnicos e subordinado ao Sistema Nacional de Transplante”, explicou a coordenadora.
Nos transplantes conjugados de fígado e rim também houve aumento significativo. Nos últimos três anos, nenhum procedimento deste tipo havia sido realizado. Até 30 de junho deste ano, três cirurgias foram feitas no Paraná. O número de transplantes de fígado também registrou aumento, de 30 para 43, o que representa 44%.
AVIÃO
O aumento também se deve à agilidade das equipes na captação e no transporte dos órgãos, inclusive com a utilização dos aviões e helicópteros do governo. Hoje, no Estado, são 54 serviços credenciados para a realização de transplantes de órgãos e tecidos.
Para o transplante de córneas, o procedimento é imediato. “o paciente que é inserido no sistema com todos os exames em dia pode ser submetido ao transplante imediatamente”, destaca Arlene. Este ano, 557 córneas já foram transplantadas. Quando não há receptores ativos no cadastro paranaense as córneas são oferecidas a outros estados, como Goiás, Piauí e Maranhão. Nos últimos 12 meses, 400 córneas foram passadas ao cadastro nacional.
DOAÇÃO
No Brasil, para ser doador, não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar a família, pois a doação de órgãos só acontece após autorização familiar.
Da AE Notícias
SAÚDE
Transplante de órgãos cresce 54% no primeiro semestre
O número de transplantes de órgãos realizados no Paraná cresceu 54% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a junho, foram feitos 190 transplantes, contra 123 na primeira metade de 2011. O transplante de rim foi o que mais aumentou, com 88% mais cirurgias. Em comparação com o mesmo período de 2010, o aumento foi de 164%.
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