Nos últimos cinco anos, R$ 15 milhões deixaram de circular na economia de Toledo devido à inadimplência, afirma Machado

O diretor de Informações Cadastrais, Claudenir Machado, explica que a equipe tem trabalhado para que os novos associados aumentem o número de consultas de seu cliente. Contudo, ele destaca que o mais importante é o número de registros, pois o SCPC precisa manter a base de dados atualizada. “O registro impede a inadimplência. O grande empenho que estamos tendo em Toledo e no Paraná é para que os empresários façam os registros, pois muitas pessoas não tem uma política de crédito e não registram os seus inadimplentes”.
Segundo Machado, quando um cidadão passa a dever em um estabelecimento, ele pode tentar fazer a compra em outro local e, assim sucessivamente, não pagar as contas. Ele explica o que pode mudar este cenário é as empresas fazerem o registro e impedirem esta atitude. “O objetivo é a diminuição do índice de inadimplência na cidade. O registro é somente o primeiro passo para combatermos. Este passo está sendo alcançado. Temos um bom número, somente em 2012 quase alcançamos a meta de 2011 e ainda estamos na metade do ano. A tendência é que se dobre o número de registros neste ano”.
Nesta segunda-feira, dia 16 de julho, a Acit promove mais uma atividade. A equipe de consultores do SCPC começa a visitar os associados da entidade para apresentar as ferramentas do SCPC. Além de realizar um trabalho de conscientização sobre a política de crédito. “Eles devem adotar políticas de crédito, pois não adianta o banco de dados dos associados que registram estar cheio de informações e o associado no momento da venda não consultar a informação. Demos o primeiro passo, o seguinte é derrubar o índice de inadimplentes que é alto para a realidade de Toledo. Um município com uma economia forte e com oportunidade de emprego, não há justificativa para que as pessoas não honrem os seus compromissos assumidos nas empresas”.
Machado enfatiza que o principal problema é a facilidade que o cliente tem em acessar o crédito. “Isto faz com que a empresa consiga o cliente com facilidade, porém não tem o conhecimento que ele pode estar inadimplente em outro local”.
O diretor destaca que devido a inadimplência aproximadamente R$ 230 mil deixa de circular na economia de Toledo por mês. “Parte do capital (R$ 230 mil) 70% dele é atraso. É registrado e logo nos primeiros dias o inadimplente quita. O que fica é um resíduo que ao longo de cinco anos temos acumulado em torno de R$ 15 milhões. Isto é um número preocupante, este valor poderia estar na economia da cidade”.
Machado orienta que o cidadão realize uma gestão pessoal das finanças. “Muitas pessoas adquirem créditos de valor pequeno, mas que somados são significativos e qualquer imprevisto que aconteça no mês compromete a renda familiar”. Ele disse que não existe uma pesquisa oficial de quem são os inadimplentes. No entanto, a diretoria observa que o jovem e o idoso estão mais preocupados em manter o nome limpo na rua.