Na quarta-feira (17), a UFPR divulgou uma nota na qual diz que os alunos "serão responsabilizados individualmente pelos prejuízos causados pela ocupação". De acordo com a universidade, a ocupação, promovida por "uma minoria de alunos e ex-alunos", põe em risco o pagamento de salários aos servidores e de bolsas aos alunos, além de comprometer a aquisição de alimentos e remédios para a Maternidade Victor Ferreira do Amaral.
"A Comissão de Negociação [da UFPR] faz um apelo ao bom-senso, ao direito e dever de todos e pede que a desocupação ocorra até quinta-feira (19) para que a universidade possa honrar os compromissos", diz a nota, que reitera a posição da reitoria de não retomar a negociação enquanto o prédio estiver ocupado.
Taciane Goldman, aluna do curso de ciências biológicas, disse que os alunos estão dispostos a negociar, e que a intransigência está do lado dos representantes da reitoria. "Não fomos nós que rompemos o diálogo. O ultimato [da Reitoria] nada mais é do que uma tentativa de criminalizar a ocupação", disse. "Temos uma comissão de ética que analisa os pedidos urgentes, já liberamos processos de medicamentos e becas para formaturas, por exemplo. Estamos dispostos a ser mais flexíveis", completou.
Entre as reivindicações dos alunos da UFPR estão melhorias das condições de acessibilidade para pessoas com deficiência, ampliação da assistência estudantil, aquisição de mais livros para as bibliotecas e a realização de obras de infraestrutura na universidade.
Perguntada sobre a legitimidade da ocupação, Taciane disse que a medida foi referendada em assembleia realizada na última semana. "Mais de 500 alunos da UFPR estiveram presentes [à assembleia], e a ampla maioria deles votou pela continuidade da ocupação".
Representantes dos estudantes e a reitoria voltam a se reunir nesta quinta-feira (19).
Da Agência Brasil
EDUCAÇÃO
Estudantes ocupam prédio da Reitoria da UFPR há duas semanas
Estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ocupam o edifício da reitoria da instituição há duas semanas. Eles exigem o cumprimento de uma série de itens da pauta local de reivindicações, além da abertura de negociação por parte do governo federal com as categorias dos professores e dos servidores técnico-administrativos, em greve por reajuste salarial.
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