Casa de not%c3%adcias   1144 x 150

PECUÁRIA

Brasil pode ser um protagonista na produção de alimentos e de energia renovável, afirma Pinazza

O diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio, Luiz Antônio Pinazza, explanou sobre “Cadeias produtivas no agronegócio” durante o encerramento do III Workshop da Primato Cooperativa Agroindustrial, no Teatro de Toledo. Pinazza falou sobre tecnologia e gestão. Para ele, quando há mudança de tecnologia há alteração na gestão. O palestrante ainda fez uma síntese da história da agricultura, falou sobre economia verde e investimentos na cadeia.

22/07/2012 - 11:49


Pinazza lembrou que há dez mil anos, o homem começou a domesticar as plantas e os animais, deixando de viver em função da casta e do extrativismo. Desta forma, a agricultura possibilitou a formação de sociedade e, na sequência, houve uma série de progressos. “O homem descobriu o DNA; as máquinas substituíram a força dos animais que já havia substituída a forma humana. Até chegarmos a realidade atual que é a força as cadeias produtivas. É o campo entrelaçado com a sociedade industrial e em serviço”.
Ele comentou que antigamente era preciso 2,5 hectares para gerar comida para uma pessoa. Atualmente, com pequena quantidade de hectares se alimenta um elevado número de pessoas. “A população mundial deixa de ser predominante rural para ser urbana. Cada vez mais aquelas pessoas que estão no campo precisarão ter uma maior produtividade para gerar alimentos para a população. Nos últimos dez anos, o Brasil ocupou um grande espaço no mercado mundial e a tendência é consolidar o espaço que foi ocupado”.
Pinazza acrescenta que a atual população mundial é formada por 7 bilhões mas que até 30 anos deverá totalizar 10 bilhões. Diante disso, ele explica que o Brasil pode ser um protagonista na produção de alimentos e de energia renovável. “O crescimento da população é maior no continente asiático. China, Índia e Paquistão são regiões que enfrentam problemas com água e terra e, por isso, são países que vão demandar alimentos. A China está aumentando a sua população, mas está aumentando a renda e a capacidade de compra. Por isso, que eles estão importando cada vez mais. Há dez anos eles importavam 3 milhões de toneladas de soja. Hoje, são 60 milhões. Cerca de 40% da soja do Mato Grosso vai para a China”.
Ele salienta que o Brasil precisa concentrar os esforços em tecnologia. “Existe problema climático, mas a tecnologia vem com sementes que dá resistência na questão de umidade para as lavouras, questão de doenças, pragas. E, por isso, assistimos uma produtividade alta no milho de segunda safra”.
Economia Verde
O diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio, Luiz Antônio Pinazza, afirma que nos dias atuais se fala muito do conceito economia verde. Segundo ele, a economia verde deverá substituir aquelas fontes que são filitas, como o caso do petróleo, por fontes renováveis, o biodiesel de soja, o etanal da cana-de-açúcar, do milho. “A economia verdade passa a exigir processos que visem a qualidade. Isto significa produzir mais com menos. O Brasil – hoje-  convive com seis biomas e pode aumentar a sua produção com desmatamento zero”.
Conforme o palestrante, para isso é preciso investir em pesquisas, tecnologias, inovação de produtos, plantio direto e integração lavoura-pecuária- floresta. “A agricultura brasileira é de um mundo tropical. Tudo que produzimos eram de um mundo temperado e tivemos que nos adaptar, como a alta produtividade do milho. O Brasil está gerando uma capacitação para domesticar a agricutura do mundo tropical. É o único país grande produtor do mundo que vive na agricultura tropical. Os EUA, a Austrália, a Argetina, Europa são climas temperados. O Brasil tem uma condição propicia de gerar oportunidades para o continente africano que é também é uma das últimas fronteiras agrícolas que existe no mundo”.
Investimentos
No entanto, Pinazza disse que apesar do País ter esta potencialidade e oportunidade nas cadeias produtivas do agronegócio é preciso melhorias na logística e tributação para oferecer mais competitivdade para a cadeia produtiva. “O Brasil tem que se programar para ser um grande fornecedor de alimentos e energia para o mundo. Isto passa por questão de infraestrutura e logística. É principalmente criar canais de escoamento da produção e gerar linhas de financiamento para que a cadeia não tenha obstáculo na questão do suprimento”.

Casa de noticias 550x250p
2web banner 550x250px