O presidente do Conselho do Meio Ambiente, Robert Hickson, lembra que a sugestão dos moradores é uma reivindicação da Câmara Técnica de Resíduos do Conselho. A Câmara recomenda que seja coberta os locais em que estão os containers. Contudo, o Município e o Conselho do Meio Ambiente não possuem o volume de recursos necessários para a execução deste tipo de obra. “Eu conversei com o prefeito – pessoalmente – e ele informou que não pode comprometer os recursos para a construção da cobertura neste final de mandato. Eu sugeri para que a obra fosse realizada na próxima gestão, mas o prefeito disse que gostaria de executá-la neste momento, pois foi um compromisso que assumiu em seu Programa de Governo”.
Hickson afirma que os containers serão feitos com cobertura de lona. “A população deve entender que estes containers não vão ficar parados 30 ou 60 dias, pois serão retirados para esvaziamento e higienização. Também haverá uma pessoa responsável para fechá-los. Os equipamentos serão fechados com lonas, ou seja, são arcos e a pessoa puxa a lona rapidamente. Acho que não vai ter dificuldade. O pedido da comunidade e da câmara técnica de resíduos foi condicionado, caso esta forma não venha funcionar que seja obrigatória a cobertura exigida pelas duas instituições”.
Ao ser questionado o motivo que a administração decidiu executar a obra neste momento, Rickson comenta que o prefeito entrou com o pedido no conselho há dois anos, mas na época o grupo foi contra, porque tinha como exigência a elaboração do Plano de Resíduos de Toledo. “Em seu texto, o Plano sugeriu alguns locais para a construção dos EcoPontos, mas a maioria não era área pública e as que eram públicas estavam designadas para a construção de creches ou do hotel tecnológico”.
Rickson relata que o prefeito José Carlos Schiavinato sugeriu uma nova área que não constava no Plano Municipal, no caso, trata-se do terreno citado. “O conselho exigiu que houvesse uma reunião ou audiência pública para que a população fosse ouvida. Fizemos algo democrático, pois chamamos as lideranças do bairro para apresentar o projeto. Na sequência, o Plano foi votado no conselho, o qual deliberou favoravelmente hoje. A pessoa pública tem que aprender como deve ser feito daqui para diante. Ela deve ouvir e levar em consideração a opinião da população”.
A chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Maria da Glória Genari Pozzebom, pondera que a implantação do Eco Ponto necessita de legislação ambiental. Diante disso, ela questiona se o Município pode implantar os ecopontos somente nas áreas indicadas no plano ou se ainda será possível em outro local. “A ação do IAP não pode ser conflituosa com relação aos pedidos do Município”.
O presidente do meio ambiente salienta que será elaborado um projeto de paisagismo para o local; serão colocadas armadilhas para vetores (ratos e baratas) e vigilantes em horários diurnos e noturnos, entre outros fatores. “O Poder Público deve fazer e servir de exemplo para que ele possa cobrar dos demais a forma adequada. Isto ao longo do tempo terá que ser feito o ordenamento e a regulamentação destes pontos de recebimento de materiais recicláveis”.
Ele enfatiza que a função de prefeito é semelhante ao síndico de um prédio. “Se na assembleia decidiu-se por fazer a reforma do prédio e acabou o mandato. A próxima pessoa que assumir a gestão terá que dar continuidade, porque quem decidiu não foi ele, mas sim, a comunidade”.
AMBIENTE
Projeto-Piloto do EcoPonto será construído na Vila Industrial, mas pedidos da comunidade não são acatados de imediato
Nem mesmo o relato dos conselheiros que participaram da reunião com os moradores da Vila Industrial foi o suficiente para que o conselho do Meio Ambiente não deliberasse, nesta segunda-feira (30), favorável a implantação do EcoPonto no bairro conforme o projeto. A princípio, o pedido da comunidade não está sendo acatado. Na última quinta-feira (26), os profissionais da Secretaria e do Conselho do Meio Ambiente apresentaram o projeto aos moradores, os quais solicitaram que a obra fosse executada em outro local, mas não havendo esta possibilidade que a construção fosse realizada com cobertura total nos containers, diferente do proposto no projeto que é lona. O presidente do meio ambiente, Robert Hickson, comenta que o projeto foi aprovado com o condicionante de que se - em um determinado prazo – as prerrogativas não forem atendidas, a edificação da cobertura total será obrigatória na próxima gestão. Caso o contrário, o EcoPonto deixará de operar. “Quem assumir o mandato para os próximos anos terá este comprometimento perante o conselho”.
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