“Muitos candidatos não sabem, por exemplo, que, caso não concordem com o resultado apresentado, podem pedir entrevista devolutiva sem custo ou ter acesso ao laudo do profissional, para que sejam apresentadas as justificativas por que ele não foi considerado apto”, explica o chefe da Divisão Médica e Psicológica do Detran, Gustavo Fatori. Segundo ele, estes direitos são garantidos pelo Conselho Nacional de Trânsito e o usuário que deve solicitá-los na clínica em que foi atendido.
A principal iniciativa será ampliar a divulgação destas informações nas aulas teóricas de direção nas autoescolas. Além disso, folhetos e cartazes informativos também devem estar visíveis nas clínicas. A primeira cidade a receber o projeto, ainda em fase de teste, é Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.
Para a vice-presidente da Associação dos Centros de Avaliação de Condutores do Paraná, Mariana Franzoloso, com os esclarecimentos, os candidatos estarão cientes do que será avaliado e devem chegar mais tranquilos e seguros nos exames. “A população ainda tem muitas dúvidas sobre a avaliação psicológica, por causa das mudanças implantadas desde 2009, com a extinção dos antigos testes psicotécnicos. Explicar como funciona a avaliação é importante para desmistificar o processo”, conta ela.
Mudanças
A partir de outubro, as avaliações psicológicas vão ter nova dinâmica e o Detran vai acabar com o diagnóstico Necessita Nova Avaliação (NNA). As mudanças, discutidas desde o ano passado, têm como objetivo tornar o processo de exames mais transparente e foram construídas com a ajuda das clínicas psicológicas credenciadas e do Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores do Paraná.
Hoje, a avaliação psicológica é feita em duas etapas: uma coletiva e outra individual, com aplicação de testes, entrevistas e observação. O candidato realiza primeiro o teste coletivo e, obrigatoriamente, é inscrito no sistema como “Necessita Nova Avaliação”, já que ele ainda deve fazer o teste individual. Neste caso, não há nova cobrança de taxa, sendo pago no início do processo o valor de R$ 132,02.
Pelo modelo atual, depois de realizado o teste individual, o psicólogo pode ainda entender que não teve informações suficientes para declarar o candidato apto ou não a dirigir e solicita um novo horário de avaliação, que é cobrado e custa R$ 66,01. Segundo a proposta do Detran, a principal mudança seria justamente a inversão na ordem das avaliações, a realização dos testes no mesmo dia e o fim do diagnóstico NNA.
“Nós avaliamos positivamente essa maior integração entre instituições que trabalham juntas na formação de novos motoristas e somos favoráveis a todas as iniciativas que, como esta, atuam em benefício da sociedade”, destacou o presidente do Sindicato dos CFCs, Justino Rodrigues da Fonseca.
Da AE Notícias
GERAL
Detran vai melhorar acesso a informações de exame psicológico
O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) começou nesta quarta-feira (1) a implantação do projeto para melhorar o acesso às informações sobre a avaliação psicológica dos candidatos à primeira habilitação. A iniciativa se baseia na percepção de psicólogos e instrutores de centros de formação de condutores, de que maioria dos usuários desconhece como funciona o exame, quais competências são avaliadas, o significado de cada resultado e seus direitos.
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