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SAÚDE

Mais do que leitos de UTI, saúde regional precisa de atenção na base, declara participantes na reunião do CMS

A ampliação no número de leitos de UTI na 20ª Regional de Saúde de Toledo foi um dos assuntos que gerou polêmica na reunião do Conselho da Saúde realizada nesta semana. Alguns dos participantes garantem que é mais importante melhorar a estrutura da saúde na base, do que abrir novos leitos de UTI. Verificar quais são as condições das equipes e da estrutura dos hospitais para abrir novos leitos e, principalmente oferecer uma contrapartida aos profissionais para realizarem o seu trabalho com qualidade.

02/08/2012 - 15:14


O diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo, Odacir Fiorentin, informa que está em processo de negociação dez leitos de UTI em Palotina, no entanto, a assinatura do contrato acontecerá em 7 de outubro. Neste momento, existe um termo de compromisso entre o Estado e aquele Município. Fiorentin complementa que em Guaira não há negociação, mas um diálogo, já que não há hospital municipal. “A iniciativa privada pode fazer os investimentos e o Estado contratar os leitos administrativos e conceder o equipamento em comodato, mas não está nada acertado ainda”.
Outro Município que deve receber leitos de UTI é o de Marechal Cândido Rondon que deverá receber mais 10 até o próximo ano.
Em Toledo, Fiorentin disse que o Hospital Bom Jesus já fez o projeto para receber mais dez leitos de UTI. A vigilância sanitária liberou a construção, mas depende do recurso financeiro do hospital, por ser privado. E, por fim, o Hospital Regional deverá contar com 18 leitos.
O Ministério da Saúde preconiza que para cada mil habitantes é necessário abrir – no mínimo – 2,5 leitos hospitalares e – no máximo – 3 leitos hospitalares. Atualmente, a população da 20ª Regional de Saúde totaliza 360 mil, isto significa que a Regional deveria ter no mínimo 900 e no máximo 1080 leitos hospitalares. Deste total, 4% devem ser destinados a leitos de UTI, o que totalizaria no mínimo 36 e no máximo 108. A Regional de Saúde possui 34 leitos de UTI, sendo que 18 são para atendimento ao SUS.
Diante disso, um dos participantes da reunião do conselho da saúde, Edson Simionato, afirmou que estas contratações poderão ser um grande equivoco. “Os hospitais precisam de mais equipes qualificadas. O problema da região é a falta de estrutura na base da saúde, porque a 20ª Regional está quase dentro do que é preconizado pelo Ministério da Saúde”, comentou.
Os profissionais que atuam nas unidades de UTI são designados intensivistas. A equipe de atendimento é multiprofissional e interdisciplinar, composta por diversas profissões, como: médicos, enfermeiros, farmacêuticos, terapeuta ocupacional, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais.
Fiorentin destaca que as equipes são de responsabilidade do Município.

 

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