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GERAL

Lactec promove debate sobre desafios na geração de energia solar

Num momento em que a geração de energia por fonte solar é apontada como estratégica para o Brasil, o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) traz especialistas no tema a Curitiba para um debate. O Seminário Tecnológico de Geração de Energia Elétrica por Fonte Solar, que será realizado na próxima terça-feira (7), no auditório do Cietep-Fiep, mostrará experiências nacionais e internacionais, além de discutir desafios e o panorama da energia solar no Brasil e no mundo.

04/08/2012 - 08:26


Entre os palestrantes está o executivo norte-americano Troy Miller, desenvolvedor de negócios e gerente de Marketing em Qualidade de Produtos de Energia na S&C Electric. Um dos exemplos de experiências nacionais que serão apresentadas no seminário é o da MPX (Grupo EBX), que mantém no sertão cearense a usina solar de Tauá.
Duas medidas recentes representam incentivos importantes do governo federal à produção de energia elétrica por fonte solar. Um deles foi o lançamento, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de uma Chamada de Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) Estratégico para Inserção da Geração Solar Fotovoltaica na Matriz Energética Brasileira. Dezoito propostas, que totalizam um investimento previsto de R$ 395,9 milhões em um prazo de três anos, foram avaliados por áreas técnicas da Aneel, do Ministério de Minas e Energia e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As concessionárias de energia elétrica brasileira são obrigadas a investir um percentual de seus resultados em projetos de P&D.
Em abril deste ano, a Aneel também aprovou regras para reduzir barreiras na instalação de geração distribuída de pequeno porte, criando o Sistema de Compensação de Energia. Essa mudança permite ao consumidor instalar pequenos geradores em suas residências e trocar a energia com a distribuidora local.
O Lactec já atua há pelo menos sete anos em estudos voltados à energia solar. Um desses projetos de pesquisa, em parceria com a CPFL, trata dos impactos que os sistemas fotovoltaicos em baixa-tensão podem causar na rede de distribuição elétrica. Para o início de 2013 está prevista uma nova fase dessa pesquisa, que passa a verificar a operação otimizada dos sistemas.
ESTUDOS – Segundo estudo realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), do Ministério de Ciência e Tecnologia, a energia solar no Brasil ainda passa por uma fase de definição de políticas públicas e esbarra no alto custo de implantação, bem como no desconhecimento de suas vantagens entre os cidadãos. Entre as propostas para melhoria desse quadro e adequação do País ao mercado mundial, estão o incentivo à pesquisa e à inovação tecnológica, a criação de um mercado consumidor e o estabelecimento de indústrias de células solares e de módulos fotovoltaicos no país.
O potencial brasileiro ainda não explorado de energia solar fotovoltaica pode ser estimado. Cada metro quadrado do território brasileiro recebe cerca de 1.900 kWh de energia do Sol anualmente. Se a eficiência média for de 10% nos painéis fotovoltaicos (que transformam a energia do Sol em eletricidade), cada metro quadrado do painel pode produzir 190 kWh por ano de energia elétrica. Essa energia produzida por um metro quadrado de painel é suficiente para abastecer pelo menos uma casa de médio porte mensalmente.
Segundo o mesmo estudo do CGEE, documentos internacionais estimam que, em 2050, 50% da geração de energia no mundo virá de fontes renováveis, sendo que 25% dessa demanda serão supridos pela energia solar fotovoltaica. Outro dado aponta que populações do fim do século dependerão em até 90% das renováveis, dos quais 70% serão de fotovoltaica.

Da AE Notícias

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