A partir de agora, a equipe da Secretaria de Segurança e Trânsito de Toledo começa uma 'corrida contra o tempo'. O motivo? Outras duas etapas para o armamento da Guarda Municipal não foram cumpridos pela gestão anterior. No mês anterior, o secretário Paulo dos Santos restabeleceu o diálogo com os órgãos competentes para dar continuidade ao processo e foi informado que o os laudos psicológicos dos guardas estavam vencidos desde setembro de 2012. Agora, ele diagnosticou que as pistolas não foram adquiridas pela administração anterior e o número de projeteis não é o suficiente, conforme as exigências do exército. O Poder Público – até o momento – já gastou aproximadamente R$ 80 mil no processo.
O secretário de segurança e trânsito, Paulo dos Santos, afirma que o processo para o armamento da Guarda Municipal de Toledo realmente é complexo, pois ele envolve várias etapas que necessitam de autorizações de órgãos competentes. Santos exemplifica que para a compra de munição, o administrador deve solicitar a autorização do exército brasileiro. “Neste momento, o gestor deve informar a quantidade e tipos de armas”.
O secretário explica que para o armamento do grupo, a Escola Superior da Polícia Civil do Paraná prevê que os guardas municipais (aprovados no teste psicológico) participem de um curso de tiro, o qual prevê 100h para revólver e 60h para pistola. Na gestão anterior, 10 revólveres calibre 38 foram adquiridos. Contudo, as pistolas não foram compradas. “Neste momento, um quesito não foi cumprido. “Diagnosticamos que cinco pistolas de alguns guardas municipais estão cadastradas no sistema para serem utilizadas no curso de tiro. Como as pistolas não foram compradas, os guardas para não perderem o curso ofereceram as suas particulares, pois qualquer cidadão pode comprar uma arma, porém não pode transportá-las”.
Santos esclarece que os revólveres estão sob a responsabilidade da Secretaria. “Para fazer o transporte das armas até o estande de tiro devemos pedir a autorização a Polícia. Agora como faremos o transporte das pistolas até o estande de tiro, já que os proprietários não tem o porte? Portanto, descobrimos que outra etapa deixou de ser cumprida e, provavelmente a atual administração comprará as pistolas”.
Outro quesito que não foi cumprido pela gestão de Schiavinato é a compra de munição insuficiente. O secretário explica que a administração anterior solicitou a autorização do Exército Brasileiro para a compra de apenas 5 mil projeteis. “Durante conversas com o órgão fui informado que no mínimo 20 mil projeteis são necessários para a realização do curso. A Escola Superior da Polícia Civil disse que com 5 mil não irão ministrar o curso. São etapas que necessariamente teremos que cumpri-las”.
Ele acrescenta que para cumprir as duas etapas devem levar aproximadamente mais 120 dias. “Quero até o final deste ano, a GM tenha sido capacitada, treinada e que possa fazer o uso deste instrumento. Mas lamento esta situação, porque muitos dos quesitos do processo poderiam ter sidos vencidos anteriormente”.
Santos lembra que o debate para o armamento da guarda municipal iniciou em 2010 e em 2013 o processo ainda não avançou. “Os testes psicológicos venceram no ano passado; a autorização da compra de munição estava fora dos padrões exigidos pela Escola Superior de Polícia Civil; as pistolas não foram compradas, acredito que existiu somente uma pré-disposição da administração passada em armar a guarda, pois se gastou dinheiro público e nada avançou”.
O secretário destaca que em dezembro deste ano vence o Convênio com a Polícia Civil do Estado. “Faremos o possível para que as etapas sejam vencidas dentro dos prazos legais. A Guarda Municipal tem uma importância fundamental na segurança de Toledo e, por isso, é necessário qualifica-la para oferecer uma maior proteção a população”.
Santos informa que irá dialogar com o prefeito Beto Lunitti para buscar a melhor solução para estas situações.
