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GERAL

Pesquisa mostra que escama de tilápia é formada por até 30% de colágeno. Resultados são apresentados em SC por toledana

Atualmente, o colágeno está disponível no mercado em forma de cápsula ou em pó. Também está presente em hidratantes, principalmente nos antienvelhecimentos. A substância proporciona a sustentação das células, considerada o principal componente proteíco de órgãos como a pele, ossos, cartilagens, ligamentos e tendões. O colágeno é encontrado em alimentos ricos em proteínas e aminoácidos. O professor de química da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, Ricardo Mercadante e a acadêmica Isadora de Oliveira, no último mês, comprovaram a existência da substância em escamas de tilápias. O interesse pela pesquisa surgiu a partir do momento - que é de conhecimento da sociedade - que alguns frigoríficos descartam a escama do peixe sem qualquer critério ao meio ambiente. Diante disso, o estudo é uma solução para transformar o resíduo em novo produto.

15/10/2012 - 15:03


Os primeiros resultados desta pesquisa serão apresentados em novembro, no XIX Encontro de Química da Região Sul, em Tubarão (SC), já que o tema a ser abordado: “A Contribuição da Química para o Desenvolvimento Tecnológico e Sustentável” está relacionada com a pesquisa. A assessoria do evento informa que o objetivo do tema é avaliar a importância da Química na sociedade considerando três aspectos importantes: Desenvolvimento, Tecnologia e Sustentabilidade. Neste contexto, pretende-se fomentar debates e encontrar soluções para problemas comuns.
A acadêmica, Isadora Oliveira, vai apresentar no evento que a princípio a escama de tilápia pode ser considerada um problema ao ser descartada in natura no meio ambiente. No entanto, a partir do momento em que a substância é estudada e passa por processos de caracterização os resultados são surpreendentes. Prova disso é a escama ser rica em colágeno.
Isadora explica que neste primeiro momento obteve-se entre 25 a 30% de colágeno das escamas. Ela considera o índice maior do que o esperado. “É uma porcentagem interessante, porque extraímos colágeno de resíduos que não teriam valor nenhum e, a partir deste momento, pode agregar valor para o que antes era somente um resíduo”.
A acadêmica de química comenta que a próxima fase da pesquisa é caracterizar a escama, ou seja, saber quais são as substâncias que fazem parte de sua composição. “Ao caracterizar a escama, acredito que encontraremos outros componentes que podem ser uteis na agricultura ao serem utilizados como adubo para o solo no plantio”. Após caracterizar a fase inorgânica, a acadêmica Isadora e o professor Mercadante vão testar três modos de extração do colágeno, são eles: água, ácido e base.
Tecnologia
Em entrevista anterior, o professor Mercadante afirma que é uma tendência mundial transformar aquilo que é considerado ‘lixo’ em matéria-prima. Desta maneira, ampliando a quantidade de aproveitamento dos produtos que antes eram descartados no ambiente.
Mercadante lembra que o principal foco do trabalho não é a caracterização da escama, e sim, ao final da pesquisa (pode ser uma sequência de projetos) criar uma micro-usina de preparo deste colágeno. Ele justifica que não adianta desenvolver uma tecnologia se a população não conseguir usá-la. “Desenvolvimento de tecnologia não é o que se faz, mas é o que se usa, porque se você desenvolve e não tem acesso não é desenvolvimento. Pretendemos elaborar um processo de alta tecnologia e baixo custo para que possa ser difundido e não ficar no trabalho teórico, mas gerar rentabilidade”.

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