Aprovada em 2011, a Lei da TV Paga é questionada pelo Democratas, pela Associação NeoTV (que representa pequenos e médios prestadores de TV por assinatura) e pela Associação Brasileira de Radiodifusão (Abra). As principais críticas são relativas às cotas de reserva para produção nacional e à proibição da propriedade cruzada – com a nova lei, empresas de telecomunicação não podem ter canais e nem produzir conteúdo, para evitar concentração no setor.
Para o autor da lei, deputado federal licenciado Paulo Bornhausen, o projeto acabou deformado após quatro anos de tramitação no Congresso Nacional. Inicialmente, o texto previa apenas a abertura do mercado de TV a cabo para concessionárias de telefonia fixa, item que foi mantido .“Nem tudo que é feito no Parlamento é ouro puro. Nem tudo que votamos, em grande contingência de pessoas, conseguimos extrair o melhor”, disse.
Além das cotas e do fim da propriedade cruzada, outros pontos sensíveis são a reserva para canais locais, a alteração em regras sobre propriedade intelectual (que afeta coproduções com empresas internacionais), o fim das licitações para ingresso no mercado e a permissão do carregamento gratuito de canais da televisão aberta, o chamado must carry.
Entre os interessados na revisão do projeto, estão pequenas e médias empresas que haviam adquirido outorga com grande investimento, as grandes produtoras internacionais, as distribuidoras de conteúdo de televisão por assinatura e os canais de televisão aberta. “Queremos sobreviver”, resumiu Frederico Nogueira, do canal Bandeirantes.
Do outro lado, representantes do governo, cineastas, produtores independentes de conteúdo audiovisual e pesquisadores defenderam o novo modelo adotado pelo Brasil, alegando que ele é moderno e adequado aos padrões internacionais. “O Brasil investiu bilhões em infraestrutura e treinamento profissional e precisa da produção. Não pode instalar banda larga de bilhões [de reais] e ficar esperando conteúdo de outros países, para não ser uma colônia cultural”, disse o cineasta Luiz Carlos Barreto, produtor de filmes como Dona Flor e Seus Dois Maridos e O Quatrilho.
O ministro Luiz Fux disse que as discussões sobre produção e mercado ajudarão a formar um ponto de vista jurídico sobre o assunto. Ele informou que ainda não há previsão de quando os processos serão julgados, mas que isso pode ocorrer no segundo semestre deste ano.
Da Agência Brasil
GERAL
Nova audiência discute Lei da TV Paga no STF
A nova Lei da TV Paga voltou a ser alvo de discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira (25). Repetindo o cenário da última segunda-feira (18), 14 expositores se dividiram entre a defesa integral da lei e críticas a questões pontuais. O assunto será julgado pelo STF em três ações de inconstitucionalidade sob relatoria do ministro Luiz Fux, que convocou as audiências.
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